Alfabetizada, ela escreveu obra sobre exploração de mulheres pobres em trabalho-doméstico, condições-precárias, falta-direitos e preconceito-por-ser, sem mencionar trabalho-escravo.
Desde a infância, Vera Lúcia da Silva, trabalhou em casas de famílias. Nascida em um engenho no interior de Pernambuco, ela começou a trabalhar aos 12 anos de idade. Essa experiência marca a vida dela, proporcionando-lhe uma visão clara do trabalho doméstico. A exploração desse trabalho é um tema recorrente em sua biografia, apontando para a necessidade de se discutir mais essa questão.
Uma das experiências marcantes da vida de Vera Lúcia da Silva é a exploração sofrida por muitas empregadas domésticas. Ela relata em seu livro, a variedade de violências cometidas contra essas trabalhadoras. Essa realidade é um alerta para a necessidade de se proteger os direitos das empregadas domésticas. O trabalho doméstico merece atenção e cuidado, pois é um setor que abriga muitas violências, como a exploração, o abuso e a falta de direitos. Vera Lúcia da Silva realça a importância de se debater essa questão. A falta de regulamentação no trabalho doméstico pode levar a muitos problemas. É essencial se debater sobre os direitos das empregadas domésticas. A exploração do trabalho doméstico é um tema fundamental a ser debatido.
Memórias de um Século de Exploração: A História de Vera Lúcia da Silva
A vida de Vera Lúcia da Silva, uma empregada doméstica, é um testemunho de superação e resistência ao longo de meio século de trabalho em condições precárias. Seus relatos, detalhados no livro ‘Espanador não Tira Poeira: Memórias e Aprendizados de uma Empregada Doméstica’, revelam a dura realidade enfrentada por muitas mulheres que trabalham em casas, apartamentos e empresas em Recife.
Trabalho Doméstico: Uma Exploração Silenciosa
Vera começou a trabalhar aos 12 anos, como muitas empregadas domésticas, e enfrentou condições precárias de trabalho, humilhações, falta de direitos e preconceito por ser mulher preta de periferia. Suas histórias são chocantes: comer sobras de comida estragada, ser impedida de usar os banheiros da casa, proibida de ir à escola. Apesar disso, ela estudou e proporcionou escola aos filhos, que fizeram faculdade e curso técnico. Uma delas é doutora.
Condições Precárias e Falta de Direitos
A condição de empregada doméstica é frequentemente marcada por exploração e falta de direitos. Vera enfrentou diversas situações de discriminação, incluindo a matrícula recusada por ser negra. Ela também enfrentou preconceito por ser mulher preta de periferia e foi impedida de usar os banheiros da casa onde trabalhava. Suas histórias são um testemunho da necessidade de mudanças nas condições de trabalho e direitos das empregadas domésticas.
A Luta por Educação
Vera sempre quis estudar, mas as patroas não deixavam. Ela guardava livros e revistas e era seu maior conflito. Ela frequentou aulas de educação para adultos, passou por várias escolas, assistiu Telecurso, teve reprovações e foi parando e retomando. Ela sentiu na pele a falta de direitos e a discriminação racial.
Escrevendo História
A escrita do livro ‘Espanador não Tira Poeira’ levou sete anos e rendeu outra história incrível, envolvendo mais uma mulher. Vera sempre quis compartilhar suas experiências e aprender com elas. Ela é uma aluna que se tornou professora e reencontrou a faxineira.
Um Legado de Resistência
A história de Vera Lúcia da Silva é um testemunho de resistência e superação. Ela é uma empregada doméstica que enfrentou condições precárias de trabalho, humilhações e falta de direitos, mas continuou a lutar por educação e direitos. Suas histórias são um chamado para a mudança e para a proteção dos direitos das empregadas domésticas.
Fonte: @ Terra
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