Moradores reclamam que comércio popular perdeu importância há décadas. Prédios históricos cemitem, como o Cine Jandaia, em ruínas, enquanto shoppings e comércio vão ampliando.
A Baixa dos Sapateiros, que foi a inspiração para a canção de Ary Barroso, deixou de ser um lar para o ícone da Mulher de Roxo nos meados dos anos 1970. A perda de centro de atração, devido ao surgimento de shoppings e à diminuição das linhas de ônibus, e a compra de produtos pela internet contribuíram para a decadência da região. Além disso, a deterioração do patrimônio arquitetônico da Baixa dos Sapateiros também foi um fator importante nesse processo.
A região, conhecida por ser o coração histórico da cidade, vinha sofrendo com a falta de investimento na sua infraestrutura e na preservação de seu patrimônio arquitetônico. A Baixa dos Sapateiros, que foi o lar da Mulher de Roxo, passou a ser um lugar abandonado, longe do brilho do centro da cidade. No entanto, os moradores da região se mobilizaram para combater a decadência e preservar a Baixa dos Sapateiros através da campanha Carta do Centro Histórico – Preservar para Perpetuar.
Centro Histórico de Salvador: Perigos da Baixa dos Sapateiros
A Baixa dos Sapateiros, localizada no Coração da cidade, caiu em uma fase crítica onde comércio popular enfrenta sua queda. Lojas antigos de tradição vão fechando suas portas, patrimônios históricos arquitetônicos são degradados, como o Cine-Teatro Jandaia, um dos mais antigos da cidade, e moradores reclamam da violência. Foi a primeira vez que o local não recebeu decoração natalina. A Associação dos Empreendedores da Baixa dos Sapateiros Barroquinha e Adjacências (Albasa) enviou ofício expressando sua desaprovação ao órgão municipal de iluminação, mas sem o efeito desejado. Dos 300 estabelecimentos comerciais existentes, mais da metade estão fechados, considerando apenas a região central e excluindo os setores dentro dos shoppings. A situação é ainda pior do que em anos anteriores, mesmo considerando a pandemia. O Shopping Baixa dos Sapateiros, que abrigava 120 espaços, enfrenta sérios problemas de estacionamento devido à falta de público. ‘A situação beira o pior’, afirma o administrador, Robério Pedreira.
Fonte: @ Terra
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