Jovem desenvolvedor passou por dois testes para acessar empresa, que duraram 80 horas. Ele enfrentou abusos, síndrome de burnout, exaustão emocional, despersonalização, perda de realização pessoal e trabalhistas.
A Geração Z caracteriza-se por ser mais exigente em relação ao ambiente de trabalho, refletindo sua formação cada vez mais centrada na tecnologia e midiática, o que promove um amplo conhecimento sobre os direitos trabalhistas. Já vimos em diversas ocasiões como essa geração se posiciona e não pretende tolerar os abusos que eram considerados naturais entre as pessoas das gerações mais antigas.
Uma dessas ocasiões foi quando um recém-formado desenvolvedor decidiu compartilhar sua experiência em um primeiro dia de trabalho em uma empresa. Ele procurou por um ambiente com respeito, sem abusos, e, após poucas horas, decidiu sair da empresa. Isso demonstra como a geração mais jovem valoriza o respeito e a disciplina no ambiente de trabalho, diferençando-se de gerações mais antigas.
Uma Jornada de Trabalho Tóxica: A Geração Z Confronta Abusos Trabalhistas
Um jovem recém-contratado compartilhou sua experiência de horror no ambiente de trabalho, destacando a falta de respeito por seus limites e a pressão excessiva do chefe. No primeiro dia de trabalho, o gestor ‘deixou claro que esperava compromissos descabidos’, incluindo o trabalho além do horário normal sem remuneração adicional, o que levou o trabalhador a questionar o equilíbrio entre vida pessoal e profissional. O chefe, no entanto, zombou dele por sua preocupação, definindo-a como ‘comportamento das nações ocidentais desenvolvidas’.
A situação descreve um cenário comum na Geração Z, que enfrenta abusos trabalhistas em muitas empresas. De acordo com a Associação Nacional de Medicina do Trabalho (ANAMT), 30% dos trabalhadores brasileiros sofrem com a síndrome de burnout, um estado de esgotamento mental causado pelo estresse crônico no trabalho, caracterizado por exaustão emocional, despersonalização e perda de realização pessoal.
A psicóloga Denise Milk enfatiza a importância de mudanças no estilo de vida, como aprender a impor limites no trabalho, reorganizar prioridades e inserir momentos de lazer e descanso na rotina, para combater o burnout. Atividades físicas e técnicas de relaxamento também são fundamentais para aliviar sintomas como ansiedade ou depressão.
No caso mencionado, o jovem enfrentou ataques pessoais e humilhação por mencionar sua necessidade de tempo livre para outras atividades, como leitura ou esportes. A empresa não tinha política de horas extras e esperava que os funcionários trabalhassem além do horário comercial todos os dias, com jornadas de trabalho de 12 a 14 horas. Esta situação é semelhante a outros relatos de trabalhadores da Geração Z que reclamam de abusos em empresas que não respeitam seus limites, inclusive na China e no Japão.
A situação deste jovem é um exemplo da necessidade de empresas entenderem e respeitarem a necessidade de equilíbrio entre vida pessoal e profissional, especialmente entre os trabalhadores mais jovens.
Fonte: @ Minha Vida
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