A retórica do governo anima mais do que a de quem se juntou para condenar de forma veemente o conjunto de medidas sociais anunciado. O presidente defende um Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) e reforma da Previdência.
Ainda assim, o presidente da República, Jair Bolsonaro, confirmou que o plano de economia será apresentado à Assembleia Legislativa dentro do prazo. Esse corte será fundamental para evitar a perda de crédito do país. A apresentação do plano de corte de gastos já foi adiada por várias vezes, o que gerou um aumento dos gastos com juros.
A pressão para que o governo apresente o plano é intensa, e a apresentação deve ser feita ainda em 2024. A expectativa é que o plano de corte de corte seja mais eficaz e permita um ajuste fiscal mais profundo. No entanto, a execução desse plano não será fácil. Será necessário uma mudança de mentalidade e uma maior disciplina no fiscal.
À Procura de um Equilíbrio Orçamentário
Em um cenário onde as receitas já alcançaram níveis recordes, mas ainda assim continuam aquém dos gastos, a questão do corte de gastos torna-se cada vez mais imperiosa. Uma lista de intelectuais e políticos, incluindo alguns membros da própria base do poder executivo, recentemente publicou um manifesto expressando sua oposição a essa medida aparentemente necessária. No entanto, o tom negacionista da política econômica parece estar sendo gradualmente abandonado, especialmente entre os mais próximos do presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
Um Passo na Direção Certa
A defesa de um ajuste fiscal vem ganhando adeptos, como o caso de Aloizio Mercadante, que saiu em defesa desse caminho, argumentando que ele é necessário para alcançar a meta do governo de recuperar o grau de investimento. Mercadante, que já teve um histórico de participação na política econômica, agora parece ter mudado de opinião, reconhecendo a necessidade de uma abordagem mais responsável. O ministro da Casa Civil, Rui Costa, também se uniu a essa causa, enfatizando a importância de enquadrar as despesas dentro do arcabouço fiscal para promover o crescimento econômico.
O Desafio da Implementação
O novo Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) poderia ter sido um obstáculo para a implementação de medidas de ajuste fiscal, mas parece que a realidade econômica está pressionando para que essas mudanças sejam feitas. A retórica do governo, embora ainda possa ser questionada, parece ser mais animadora do que a de muitos críticos, que se juntaram para condenar as medidas propostas pelo governo. No entanto, é importante notar que o governo não anunciou cortes sociais reais, apenas uma reforma da Previdência que visa equilibrar as contas públicas.
A Verdade por Trás dos Temores
Os signatários do manifesto podem ter acesso a informações privilegiadas que não são divulgadas ao público, ou podem estar baseando suas preocupações em temores que, embora possíveis, ainda não foram confirmados. O caso da reforma da Previdência de 2019 e da recente tentativa de taxação de grandes fortunas na Câmara servem como exemplos de como a política econômica pode afetar diferentes setores da sociedade de maneira desigual. É crucial abordar essas questões com equilíbrio e responsabilidade, garantindo que os direitos dos trabalhadores sejam protegidos enquanto se busca encontrar um equilíbrio orçamentário.
A Caminho do Desenvolvimento
A defesa do ajuste fiscal pelo governo e por alguns de seus críticos deixa claro que a realidade econômica exige medidas mais ambiciosas. O corte de gastos não pode ser ignorado, especialmente quando as receitas continuam abaixo dos gastos. A abertura para discussões e a busca por soluções que atendam às necessidades do país são fundamentais para superar os desafios econômicos e garantir um futuro mais próspero para todos.
Fonte: @ Valor Invest Globo
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