Sabatinas da Rádio Eldorado pouco abordaram problemas do povo com deficiência, como educação inclusiva, transporte e mobilidade, em debates e entrevistas com pessoas de setores variados.
No Brasil, é fundamental que os candidatos às Prefeituras considerem as necessidades específicas das pessoas com deficiência em suas propostas de governo. Segundo dados do Tribunal Superior Eleitoral, 166 pessoas que declararam ter deficiência disputaram os comandos de Prefeituras, o que demonstra a importância de incluir essa população no debate político.
Os candidatos devem estar cientes de que as pessoas com deficiência enfrentam incapacidade e limitação em acessar serviços básicos, como educação, saúde e transporte. Além disso, é essencial que eles considerem as necessidades especiais dessas pessoas em suas propostas de governo, como a criação de infraestruturas acessíveis e a implementação de políticas de inclusão. A acessibilidade é um direito fundamental e deve ser priorizada em todas as áreas da administração pública. A inclusão das pessoas com deficiência é essencial para a construção de uma sociedade mais justa e igualitária.
Deficiência: um tema esquecido nas eleições municipais
A existência da população com deficiência nas cidades brasileiras passou despercebida nas eleições municipais recentes, especialmente em relação às propostas dos candidatos e às cobranças da sociedade, das instituições e da imprensa. Embora alguns candidatos tenham mencionado a deficiência em seus planos de governo, essas menções foram superficiais e não refletiram a complexidade dos problemas enfrentados pelas pessoas com deficiência.
Segundo dados do Tribunal Superior Eleitoral, 166 pessoas que declararam ter deficiência disputaram os comandos de Prefeituras, sendo 24 eleitas no primeiro turno e nenhuma no segundo turno. Além disso, 4.696 candidatos ao cargo de vereador declararam ter deficiência, e apenas 388 foram eleitos, representando 8,27% de pessoas com deficiência eleitas nas câmaras municipais de alguns dos 5.570 municípios brasileiros.
A falta de atenção às pautas específicas do povo com deficiência foi evidente nas sabatinas da Rádio Eldorado com os candidatos que disputaram a Prefeitura de São Paulo no primeiro turno. Embora tenham sido feitas perguntas sobre a situação da população com deficiência, as respostas foram superficiais e não refletiram a complexidade dos problemas enfrentados pelas pessoas com deficiência.
Deficiência e educação inclusiva: um tema negligenciado
A educação inclusiva é um tema fundamental para as pessoas com deficiência, mas foi negligenciado nas eleições municipais. Embora alguns candidatos tenham mencionado a educação inclusiva em seus planos de governo, essas menções foram superficiais e não refletiram a complexidade dos problemas enfrentados pelas pessoas com deficiência.
A coluna Vencer Limites no Jornal Eldorado pediu áudios de Boulos e Nunes com informações mais detalhadas sobre propostas para a educação inclusiva, mas ambas as campanhas disseram que não havia tempo para essa gravação. Em vez disso, apenas textos foram mandados e lidos no ar, na íntegra.
A falta de tempo para envio de uma simples mensagem de áudio para um espaço semanal de rádio dedicado às pautas da população com deficiência é um exemplo da falta de prioridade dada às necessidades das pessoas com deficiência. Se os candidatos não têm tempo para discutir as pautas da população com deficiência durante a campanha, quando terão tempo para atender às necessidades dessas pessoas após a eleição?
A deficiência é um tema que afeta milhões de pessoas no Brasil, e é fundamental que os candidatos e os governantes dêem prioridade às necessidades dessas pessoas. A falta de atenção às pautas específicas do povo com deficiência é um exemplo da falta de inclusão e de respeito às necessidades das pessoas com deficiência. É fundamental que os candidatos e os governantes trabalhem para criar uma sociedade mais inclusiva e acessível para todas as pessoas, independentemente de sua deficiência.
Fonte: @ Nos
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