Astrônomo suíço propôs uma visão alternativa do Universo em 1929, com desvio para o vermelho no comprimento de onda, indicando expansão contínua do fundo cósmico.
No final da década de 1920, o astrônomo norte-americano Edwin Hubble apresentou uma teoria revolucionária sobre o Universo, sugerindo que ele está em constante expansão. Essa ideia inovadora mudou a forma como entendemos o Universo e suas dinâmicas.
Desde então, a teoria da expansão do Universo tem sido amplamente confirmada por observações científicas, que revelaram a existência de galáxias distantes e a vastidão do cosmos. A expansão do Universo é um fenômeno que continua a fascinar os cientistas, que buscam entender melhor as leis que regem o comportamento das galáxias e do cosmos como um todo. A busca por respostas sobre o Universo é um desafio contínuo para a humanidade.
O Universo em Expansão: Uma Teoria em Questão
A teoria da expansão do Universo, proposta por Edwin Hubble, é amplamente aceita pela comunidade científica. No entanto, a teoria alternativa da Luz Cansada, que sugere um Universo estático, ainda é defendida por alguns estudiosos. Essa teoria se baseia no fato de que galáxias mais distantes exibem uma coloração mais avermelhada do que aquelas mais próximas da Terra, um fenômeno conhecido como desvio para o vermelho.
O desvio para o vermelho ocorre porque, à medida que os objetos cósmicos se afastam, o comprimento de onda da luz aumenta, movendo-se para o espectro vermelho. Segundo a teoria de Hubble, como todas as galáxias estão desviadas para o vermelho, elas estariam se afastando, o que indica um Universo em expansão contínua. Essa constatação inspirou o físico belga Georges Lemaître a propor a teoria do Big Bang, que sugere que o Universo surgiu há cerca de 13,8 bilhões de anos em uma explosão que deu início à expansão do cosmos.
A Teoria da Luz Cansada: Uma Visão Alternativa
Por outro lado, Fritz Zwicky, astrônomo suíço contemporâneo de Hubble, ofereceu uma visão alternativa. Segundo ele, o desvio para o vermelho poderia ser explicado pela teoria da Luz Cansada, em que os fótons perdem energia ao atravessar vastas distâncias no espaço, resultando em uma luz mais avermelhada. Essa hipótese sugere que o Universo não está se expandindo, mas sim estático, com a luz perdendo força ao viajar, criando a impressão de afastamento das galáxias.
No entanto, a teoria do Big Bang é amplamente aceita pela comunidade científica, e a teoria da Luz Cansada ainda não apresenta evidências suficientes para comprovar a perda de energia dos fótons ao longo de sua trajetória. A descoberta do fundo cósmico de micro-ondas – radiação remanescente do Big Bang – e as observações de supernovas reforçaram a teoria do Universo em expansão, dando ainda mais credibilidade ao modelo de Hubble.
Observações Recentes e a Teoria da Luz Cansada
Observações recentes feitas pelo Telescópio Espacial James Webb (JWST) mostraram galáxias primitivas que parecem mais complexas do que o esperado para uma fase próxima ao Big Bang. Isso levou alguns cientistas a revisitar a ideia de um Universo estático, embora a Luz Cansada ainda apresente muitos pontos questionáveis. O professor associado de ciência da computação da Universidade Estadual do Kansas, Lior Shamir, argumentou que as observações do JWST mostraram galáxias grandes e maduras, o que é incompatível com a teoria do Big Bang. No entanto, a teoria da Luz Cansada ainda não é amplamente aceita pela comunidade científica, e a expansão do Universo continua a ser a teoria mais aceita para explicar o desvio para o vermelho das galáxias.
Fonte: @Olhar Digital
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