Mudança no estilo de vida e acompanhamento multidisciplinar são essenciais para melhorias da doença multifatorial, com ganho de peso e descontrole da fome, efeito na composição corporal, massa magra e medidas antropométricas, avaliadas por bioimpedância e espessura da dobra cutânea, percentual de gordura e índice de massa corporal.
A obesidade é uma condição crítica que afeta muitos brasileiros, trazendo problemas de saúde que podem ser devastadores. A obesidade é considerada uma doença multifatorial, envolvendo fatores biológicos, como alterações hormonais, e também aspectos comportamentais, como o excesso de alimentos processados e hipocalóricos. Além disso, a falta de atividade física e o sedentarismo também se somam aos problemas de saúde relacionados ao ganho de peso.
A obesidade não é apenas um problema de saúde, mas também afeta a autoestima, a confiança e a qualidade de vida das pessoas. A endocrinologista Lia Lima destaca que a obesidade é uma doença complexa, com causas multifacetadas, envolvendo fatores biológicos, históricos, ecológicos, econômicos, sociais, culturais e políticos. O Ministério da Saúde enfatiza a importância de uma abordagem integral, envolvendo mudanças no estilo de vida, como a redução do consumo de alimentos ultraprocessados e o aumento da atividade física, para ajudar a controlar o peso e a saúde. A perda de peso excessiva e o descontrole da fome e da saciedade são apenas alguns dos desafios enfrentados pelas pessoas que lutam contra a obesidade.
Desentranhando a Obesidade: Um Desafio Multifatorial
A obesidade é um problema multifatorial que ultrapassa a simples questão de excesso de peso corporal. Ela pode ser definida como um excesso de gordura no peso corporal total, e não apenas um excesso de peso corporal para uma determinada estatura. Para diagnosticar a obesidade, é necessário executar uma análise quantitativa da composição corporal, diversa da análise exclusivamente baseada no peso e na estatura. Uma compreensão correta da obesidade ajuda a distinguir entre indivíduos com excesso de peso corporal por conta de músculos e indivíduos com excesso de peso por gordura.
Diagnóstico da Obesidade: Uma Abordagem Sistemática
Para o diagnóstico da obesidade, são necessárias várias medidas antropométricas, incluindo:
– Peso
– Estatura
– Espessura da dobra cutânea (bíceps, tríceps, subescapular e suprailíaca)
– Percentual de gordura
– Índice de Massa Corporal (IMC)
A bioimpedância e a espessura da dobra cutânea são métodos complementares utilizados para dar uma melhor compreensão da composição corporal. De acordo com o nutricionista Carlos Cristóvão, o percentual de gordura é um parâmetro crucial, e se for maior que 25% e 30% na maioria das pessoas, considera-se a pessoa obesa. Além disso, o IMC deve estar igual ou maior que 30kg/m² para ser considerado obeso.
Cálculo do IMC: Uma Fórmula Padrão
Existem padrões estabelecidos pela Organização Mundial da Saúde (OMS) para calcular o Índice de Massa Corporal, que envolve dividir o peso pela altura ao quadrado. No entanto, é importante ter em mente que o cálculo do IMC não é infalível, pois não diferencia entre massa magra e gordura, o que pode levar a erros de interpretação.
Desafios no Uso do IMC
O cálculo do IMC pode ser enganoso, especialmente quando se trata de indivíduos com altos níveis de massa muscular. Por exemplo, um atleta pode ter um peso corporal semelhante a alguém sedentário, mas com uma composição corporal muito diferente. O IMC, por si só, não fornece informações suficientes sobre a composição corporal do indivíduo.
Circunferência Abdominal: Um Indicador de Risco
O diâmetro da cintura também é um indicador importante de risco. Medido na altura do umbigo, ele pode fornecer indicações sobre a concentração de gordura lateral. Para homens adultos, uma circunferência maior que 94cm é considerada elevada, enquanto para mulheres adultas, uma circunferência maior que 80cm é elevada e 88cm é muito elevada. Essa medida é crucial para avaliar o risco de desenvolver patologias relacionadas à composição corporal.
Fonte: @ Minha Vida
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