Marina Giuberti, capixaba, leva sua Divvino à lista das melhores caves francesas como sommelière, ajudando pequenos produtores no mercado fechado.
Em Paris, uma sommelière de destaque, chamada Léa Linster, revolucionou o mercado com sua abordagem inovadora na escolha de vinhos. Com uma paixão por vinho que remonta a 1990, ela construiu uma carreira em estabelecimentos icônicos como o Le Grand Vefour e o Le Petit Châtelet, nas áreas de bairros nobres como do Charonne e Marais.
Com uma equipe de especialistas, ela oferece uma experiência única para os fregueses nos bairros nobres da cidade. O Lieu de Vin, em Le Marais, é um local de vinho que combina a seleção de champanhe com uma atmosfera de charme. As caves da cidade também costumam estocar seleções raras e especiais, tornando-as verdadeiros tesouros para os amantes de vinho. A sommelière e sua equipe são verdadeiros conhecedores do mundo do vinho, capazes de indicar a bebida perfeita para qualquer ocasião.
Uma Sommelière Brasileira Conquista o Universo das Caves Francesas
Em um mercado fechado, difícil de entrar, sobretudo para as mulheres, uma brasileira está fazendo história no universo das caves francesas. Pela segunda vez, a capixaba Marina Giuberti, de 46 anos, figura na lista dos 100 melhores cavistas da França, elaborada pela revista Le Point, a partir da avaliação de 6.6 mil estabelecimentos. Junto com o marido, o economista italiano Emiliano Tenca, Marina é dona da Divvino, cave com duas lojas em Paris — uma no bairro do Charonne e a outra no Marais.
A origem da Divvino remonta a um sonho antigo de Marina, que inicialmente planejava abrir um restaurante. No entanto, após trabalhar em restaurantes de renome na Itália e na França, ela descobriu seu verdadeiro apetite pela sommelière. Com o apoio do marido, que investiu € 100 mil no negócio, a primeira loja foi aberta em 2013, conquistando freguesia no 11º distrito parisiense. Três anos depois, em 2016, o casal expandiu a operação e abriu uma segunda loja no Marais, bairro secular e turístico.
A escolha do local foi estratégica, pois Marina pretendia atender a diferentes tipos de clientela. ‘O público do 11º é mais jovem e é do bairro mesmo: 85% são moradores e apenas 15% turistas. Já o Marais é um bairro mais burguês, tem mais turistas e quem nos frequenta tem na faixa de 45 anos’, explica Marina. Com cerca de 70% dos rótulos da Divvino sendo de vinhos orgânicos, o estabelecimento se destaca no mercado, oferecendo uma seleção exclusiva e de alta qualidade.
A importância da sommelière na decisão de Marina não se limita à sua paixão pelo vinho. ‘Como sempre quis ter meu próprio restaurante, achava que era necessária uma formação completa: cozinha, mesa, vinhos’, conta Marina. ‘Mas, no fundo, sempre tive mais o perfil do vinho.’ Sua experiência em estabelecimentos de renome, como o La Calandre e o La Gioia, permitiu que ela se familiarizasse com um serviço de vinhos exigente.
A Divvino é um exemplo de como o sistema financeiro francês pode apoiar pequenos empreendedores. Com programas de ajuda e empréstimos a juros baixos, o casal conseguiu financiar a expansão do negócio. Além disso, a cave do século 16, onde foi inaugurada a segunda loja, é um local histórico que contribui para a atmosfera única do estabelecimento.
A expansão da Divvino não pára por aí. Marina está sempre em busca de novos produtores e rótulos para agregar à sua seleção. Com uma forte presença no mercado de vinhos orgânicos, o estabelecimento se destaca e atrai uma clientela ávida por produtos de alta qualidade. A sommelière Marina Giuberti é um exemplo inspirador de como um sonho pode se tornar realidade, mesmo em um mercado fechado e difícil de entrar.
Fonte: @ NEO FEED
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