O SUS oferece antiveneno e atendimento para casos de acidentes, promovendo saúde pública e biodiversidade rica por meio de medidas educativas e vigilância de zoonoses no ciclo biológico.
No Brasil, os acidentes envolvendo animais peçonhentos são uma realidade preocupante. A cada ano, milhares de pessoas são vítimas de acidentes com esses animais, que podem causar lesões graves e, em alguns casos, até mesmo a morte. Em 2022, por exemplo, foram registrados mais de 341 mil acidentes desse tipo no país.
Os dados mostram que os escorpiões são os principais responsáveis por esses acidentes, com 200.959 ocorrências registradas no ano passado. Em seguida, vêm as aranhas, com 43.933 incidentes, e as abelhas, com 33.658 eventos. As serpentes também são uma ameaça, com 32.514 acidentes registrados. Além disso, também houve 7.140 acidentes envolvendo lagartas e 18.350 com outros animais peçonhentos, incluindo os de habitat aquático. É fundamental tomar medidas de prevenção para evitar esses acidentes e garantir a segurança da população. A conscientização sobre os riscos associados a esses animais é essencial para reduzir o número de acidentes e ocorrências.
Acidentes com Animais Peçonhentos: Um Desafio para a Saúde Pública
Os acidentes com animais peçonhentos podem afetar indivíduos de todas as faixas etárias, níveis socioeconômicos e origens étnicas, incluindo povos tradicionais, e podem apresentar características específicas. Para todos os casos, o Sistema Único de Saúde (SUS) oferece pronto atendimento e antiveneno disponíveis em hospitais de referência para soroterapia de acidentes por animais peçonhentos. Esses incidentes representam um importante desafio para a saúde pública no Brasil, devido à rica biodiversidade e ao clima tropical favorável, que abriga uma grande variedade de serpentes, aranhas, escorpiões e outros animais venenosos, cujas picadas ou mordidas podem resultar em graves consequências para a saúde humana.
Conscientização e Prevenção: Medidas Necessárias
Considerando o cenário epidemiológico marcado pelo aumento significativo no número de acidentes por esses animais, é necessária a conscientização e prevenção para que eles não aconteçam. Com o registro de milhares de casos anualmente e o impacto adverso na saúde física, mental e econômica das vítimas, torna-se imperativo adotar medidas educativas e preventivas abrangentes, segundo o coordenador-geral de Vigilância de Zoonoses e Doenças de Transmissão Vetorial do Ministério da Saúde, Francisco Edilson Ferreira. Essas ocorrências podem ter consequências graves, e é fundamental que a população esteja ciente dos riscos e saiba como se proteger.
Lagartas: Um Tipo de Acidente com Consequências Graves
Acidentes com lagartas são o quadro clínico de envenenamento decorrente do contato com suas cerdas – locais onde fica armazenada a peçonha. A lagarta é uma das fases do ciclo biológico de mariposas e borboletas. Somente a fase larval de mariposas é capaz de produzir efeitos sobre o organismo; as demais (pupa, ovo e adulto) e larvas de borboletas são inofensivas. A única exceção é a mariposa fêmea adulta do gênero Hylesia, que apresenta cerdas urticantes no abdômen. Em contato com a pele, essas cerdas podem causar dermatite. As ocorrências provocadas pelas lagartas, popularmente chamadas de ‘queimaduras’, têm evolução benigna na maioria dos casos.
Prevenção e Primeiros-Socorros em Acidentes com Lagartas
Para evitar acidentes com lagartas, é importante manter as árvores sempre podadas, tomar cuidado ao tocar em troncos de árvores, plantas, folhas e gravetos, usar luvas ao manusear plantas e remover as lagartas que entrarem na residência com o auxílio de pá ou graveto. Além disso, é fundamental ficar de olho nas crianças, pois muitas lagartas são coloridas e podem chamar a atenção e a curiosidade dos pequenos. Em caso de acidentes, é importante lavar bem o local com água e sabão e não colocar sobre a ferida nenhum produto químico ou orgânico.
Fonte: @ Ministério da Saúde
Comentários sobre este artigo