Governo dos EUA concorda com tratado comercial União Europeia-Mercosul, criando mercado comum de US$ 22 trilhões e simplificando cadeias logísticas.
As negociações para o tratado comercial entre a União Europeia e o Mercosul, que inclui Brasil, Argentina, Paraguai e Uruguai, começaram em 1995. Esse acordo, que visa criar um mercado comum de 780 milhões de consumidores, é um marco significativo para o comércio internacional e para os negócios globais.
O tratado comercial entre a União Europeia e o Mercosul é um divisor de águas para os negócios em todo o planeta. Ele abrirá novos mercados para as empresas brasileiras e europeias, permitindo que elas atinjam uma base de consumidores mais ampla e diversificada. Além disso, esse acordo fortalecerá a posição do Brasil no cenário comercial global, tornando-o um dos principais atores do mercado comercial internacional. Com o tratado comercial em vigor, o Brasil terá acesso a novos mercados e oportunidades de negócios, o que contribuirá para o crescimento econômico e para o aumento da competitividade das empresas brasileiras em escala global.
Impacto da assinatura do acordo União Europeia-Mercosul
A assinatura do acordo União Europeia-Mercosul é um marco importante no cenário comercial global, destacando o papel do Brasil e dos países da região no comércio internacional. Além de criar um mercado comum com um PIB conjunto de US$ 22 trilhões, mais de 730 milhões de consumidores e 90% de produtos isentos de tarifas, o acordo tem efeitos imediatos e impactos significativos para além das fronteiras dos dois blocos.
O primeiro efeito é uma resposta à ameaça protecionista do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, que vinha prometendo impor tarifas de 10% para todas as importações dos EUA e acirrar a guerra comercial contra a China. A assinatura do acordo União Europeia-Mercosul é um passo importante para retomar a agenda comercial global, que vinha perdendo espaço desde a pandemia, com a desestruturação das cadeias logísticas, o ciclo de inflação e juros global, e o crescente protecionismo americano, em especial contra a China.
O ex-embaixador Rubens Barbosa, da consultoria RB & Associados, destaca o significado geopolítico do acordo, afirmando que é fechado num momento em que o mundo se vê pressionado pela ameaça protecionista de Trump e diante do acirramento do confronto comercial entre EUA e China. Segundo ele, o acordo mostra que o Brasil, que faz parte dos Brics, assina uma terceira via com 27 países da Europa, demonstrando que não está vinculado apenas aos EUA ou à China e segue caminho próprio, juntamente com os demais países do Mercosul.
A assinatura do acordo também é um passo importante para a União Europeia, que não vai ficar imprensada por EUA e China, abrindo um canal importante com a América Latina. Coincidência ou não, desde a vitória de Trump, o Brasil assinou um acordo comercial com a China e outro com a União Europeia. Barbosa não prevê nenhum tipo de reação por parte de Trump, afirmando que ele tem uma visão zero, principalmente da América Latina, e que os americanos não têm política para a região, apenas em relação a temas como imigração e drogas.
Angústia europeia e o comércio global
O desejo de Trump de redesenhar o comércio global sob a régua dos EUA vinha causando angústia especialmente entre os países da União Europeia, uma vez que o bloco tem nos EUA seu principal parceiro comercial. Com um crescimento econômico europeu pífio desde a pandemia e pressionada por gravíssimas crises políticas internas nas duas maiores potências do bloco – Alemanha e França –, a atual presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, percebeu que era melhor assinar um acordo comercial longe do apoio unânime do bloco, inclusive sob risco de ser barrado na ratificação posterior, a ficar sob ameaça das bravatas de Trump.
A assinatura do acordo União Europeia-Mercosul é um passo importante para retomar a agenda comercial global e fortalecer o comércio internacional, garantindo o crescimento econômico e a estabilidade nos mercados globais.
Fonte: @ NEO FEED
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