Acerto entre parceiros na gestão da arena traz diálogo mais próximo e estabiliza a relação, evitando disputas jurídicas e decisões estremecidas no setor popular.
O término da longa disputa jurídica entre o Palmeiras e a WTorre pela administração do Allianz Parque é uma notícia positiva para o clube e que deve ter impactos práticos no cotidiano da instituição. Agora, o Verdão pode se concentrar em seus objetivos esportivos.
Com o acordo de R$ 117 milhões, o Palmeiras pode planejar melhor seu futuro, sem a incerteza da disputa judicial. Além disso, o clube pode agora se concentrar em melhorar a experiência dos torcedores no Allianz Parque, o que é fundamental para o sucesso do Verdão. A estabilidade financeira é essencial para o crescimento do clube.
Palmeiras: Acordo com WTorre traz benefícios para o clube
O Palmeiras eliminou uma disputa jurídica que gerava desgastes e agora pode receber R$ 50,1 milhões pelas dívidas pendentes, além de ter a cessão de diferentes propriedades do Allianz Parque. Com isso, o Verdão passará a ter um diálogo mais próximo com a construtora e a possibilidade de implementar mudanças esperadas no Allianz Parque.
A relação entre o Palmeiras e a WTorre sempre foi estremecida desde a abertura da arena, em 2014, por diversas divergências, seja por dinheiro, interpretação do contrato, datas de shows e números de cadeiras no Allianz Parque. No entanto, com a consolidação da boa relação entre as partes, a tendência é que o Verdão tenha mais poder de decisão na definição da agenda de jogos no Allianz Parque.
Diálogo e decisões: O que muda para o Palmeiras
Neste ano, os parceiros já afinaram o discurso neste sentido. No duelo contra o Flamengo, pela Copa do Brasil, por exemplo, a estrutura da banda ‘Forfun’ iria impedir de abrir o setor Gol Norte. O Palmeiras, então, solicitou à WTorre que conseguisse uma forma de viabilizar a abertura do local. A estrutura do palco foi montada pela metade, possibilitando ter imagem parcial do campo. O Verdão teve casa cheia no duelo.
Desde que a arena foi inaugurada, o clube foi comandado por Paulo Nobre, Maurício Galiotte e Leila Pereira. Nos três governos, a relação foi de mais baixos do que altos com o parceiro, chegando a um dos piores momentos ano passado. O acordo terminou celebrado por Leila e Silvia Torre, co-fundadora da WTorre, mas outros dois nomes tiveram papel importante na reaproximação desde o início de 2024: Cristiano Koehler, CEO do Palmeiras, e Marcelo Frazão, diretor de marketing da WTorre.
Setor popular: Uma nova opção para os torcedores
Uma das novidades com o acordo é a liberação de um setor de cerca de 1 mil lugares no Gol Norte, até hoje desocupado. Ainda não está definido o que será feito no local, mas esta é a possibilidade, enfim, da inauguração de um setor popular. Durante o acordo entre Palmeiras e Real Arenas, braço da WTorre e responsável pela gestão do Allianz Parque, havia um projeto para a implementação dessa área mais barata no setor Gol Norte, onde ficam as torcidas organizadas.
O setor popular seria para 723 pessoas, com ingressos vendidos a R$ 40 (R$ 20 a meia-entrada), o mínimo estipulado pelo regulamento do Brasileirão. A região chegou a passar por adaptação, a torcida ficaria em pé, e aguardava a liberação da Polícia.
Fonte: © GE – Globo Esportes
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