O MP do Ministério Público denunciou Lessa e Queiroz por duplo homicídio triplamente qualificado e receptação do carro usado no crime, igualmente por um homicídio tentado.
As investigações do Ministério Público do Rio de Janeiro apontam que Ronnie Lessa e Élcio de Queiroz são os principais atores da morte da vereadora Marielle Franco e do motorista Anderson Gomes, assassinados em 2018. O processo busca a condenação máxima para os executores dos crimes.
Na sessão do Tribunal de Juri, marcada para esta quarta-feira (30), o Ministério Público irá apresentar as provas que apoiam a acusação de Ronnie Lessa e Élcio de Queiroz. A defesa apresentará suas argumentações em contrário. Em caso de condenação, ambas as partes podem recorrer à Justiça Superior. Nenhuma palavra repetida pode influenciar a decisão do juri.
Da Justiça para a Democracia: O Legado de Marielle
O Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro, em uma movimentação firme em busca da verdade e da justiça, apresentou uma denúncia contra Lessa e Queiroz, apontando-os como autores de duplo homicídio, qualificado por emprego de arma de fogo, além de homicídio tentado e receptação de um veículo usado no crime. Esse processo, que visa esclarecer os fatos e punir aqueles responsáveis, foi resultado de uma operação conjunta entre o Ministério Público e a Polícia Civil, que ocorreu em março de 2019. Nesse contexto, 21 pessoas foram sorteadas para formar um júri especializado, sendo apenas sete escolhidas para compor o júri realmente. Durante o julgamento, que ocorrerá no Tribunal de Justiça do Rio, o grupo ficará incomunicável e será alojado em dependências restritas do próprio Tribunal, garantindo o sigilo necessário ao processo. Nesse sentido, o Ministério Público pretende ouvir sete testemunhas, incluindo a jornalista Fernanda Chaves, que estava presente no carro de Marielle – sua assessora – no momento do atentado. Além disso, o processo conta com mais de 13 mil páginas de documentação. Os acusados, Lessa e Queiroz, serão ouvidos por meio de videoconferência devido às suas prisões em locais diferentes: Lessa, em São Paulo, e Élcio de Queiroz, em Brasília. Destaca-se que Lessa é réu confesso e fez uma delação premiada com a Polícia Federal para elucidar os fatos, enquanto Élcio de Queiroz também fez uma delação, mas sua responsabilidade refere-se à condução do veículo usado no crime. É digno de nota que os irmãos Chiquinho Brazão e Domingos Brazão, ambos envolvidos no processo, negam as acusações contra si.
Fonte: © Notícias ao Minuto
Comentários sobre este artigo