A advogada Lizani Conceição de Miranda é suspeita de atos racistas em inquérito que investiga sua conduta em audiência no Brasil.
A advogada Lizani Conceição de Miranda, acusada de proferir a palavra ‘macaco’ para se referir a um garçom em um bar localizado no bairro Cambuí, em Campinas (SP), teve sua exoneração da Comissão de Direito do Trabalho da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), onde ocupava um cargo de membro titular. O ato de racismo não pode ser tolerado em nossa sociedade.
Esse episódio evidencia a persistência do racismo e da discriminação em diversos ambientes, incluindo o profissional. É fundamental que atitudes de preconceito sejam combatidas e que todos se unam contra a injúria e o racismo, promovendo um ambiente mais justo e igualitário para todos. A luta contra o racismo deve ser constante.
Decisão da OAB Campinas
O incidente ocorreu no último sábado (31), e a decisão de exoneração de Lizani foi realizada na noite da última segunda-feira (2), durante uma reunião entre a diretoria da OAB Campinas e membros da Comissão de Direito. Em uma entrevista à EPTV, emissora de televisão de Campinas, e à Polícia Civil, o funcionário relatou ter sido alvo de racismo após solicitar que a advogada colocasse o sapato, uma vez que um copo de vidro havia caído e se quebrado no chão. Além disso, ele mencionou que outras duas colegas de trabalho também foram vítimas de discriminação por parte de Lizani.
Ação da Polícia Militar
Após o ocorrido, a Polícia Militar foi chamada e a advogada tentou resistir à prisão. A suspeita foi levada ao 1° Distrito Policial de Campinas, onde foi autuada por injúria racial, lesão corporal e resistência. A Polícia Civil, por sua vez, iniciou um inquérito para investigar os atos racistas atribuídos à advogada. A defesa de Lizani alegou que ela passou por audiência de custódia no último domingo (1), foi liberada e atualmente está sob cuidados médicos.
Posicionamento da OAB Campinas
Lizani declarou que todos os fatos estão sendo investigados e serão devidamente esclarecidos. Em uma nota oficial, a OAB Campinas, através das Comissões da Igualdade Racial, da Verdade sobre a Escravidão Negra no Brasil, e de Ética e Disciplina de Direitos e Prerrogativas, repudiou as atitudes racistas atribuídas à advogada. A entidade também enfatizou que acompanhará o caso tanto na fase de inquérito conduzido pelas autoridades policiais quanto no Poder Judiciário.
Por Mateus Pena
Fonte: @otempo
Fonte: © Direto News
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