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Testemunhas e câmeras flagram episódio: soltura da advogada aceita após defesa, medidas cautelares incluem comparecimento mensal em fórum e atualização de endereço.
A Justiça de São Paulo determinou a liberação da advogada Fabiani Marques Zouki, de 46 anos. A profissional foi detida na última quinta-feira (25) sob a acusação de racismo e agressão por empregados de uma lanchonete na região Sul da capital paulista. Além disso, ela está sendo investigada por dirigir embriagada. O magistrado Antonio Balthazar de Matos deferiu o pedido da advogada Fabiani, alegando estar concedendo um ‘voto de confiança’ à ré.
A decisão judicial de soltar a advogada causou repercussão na comunidade jurídica. Alguns advogados expressaram opiniões divergentes sobre o caso, levantando questões éticas e legais. No entanto, a defesa da advogada Fabiani ressaltou que a liberdade concedida é um passo importante para a continuidade do processo legal. A atuação dos advogados neste caso específico foi fundamental para garantir os direitos da cliente.
Advogada presa por injúria racial e agressão
De acordo com as informações divulgadas, a advogada deverá cumprir medidas cautelares, incluindo a obrigação de manter-se a uma distância mínima de 300 metros do estabelecimento e dos denunciantes. Além disso, Fabiani também terá que comparecer mensalmente ao fórum para prestar informações sobre suas atividades profissionais e manter seu endereço de residência atualizado de forma constante.
Apesar da gravidade dos atos cometidos, é ressaltado que a advogada é primária. O magistrado destacou que, apesar da lesão moral causada, os crimes em questão não tiveram uma repercussão jurídica significativa. Adicionalmente, não houve solicitação por parte do Ministério Público e da polícia para a conversão da prisão em flagrante em preventiva.
O caso que envolve a advogada em estado alterado ganhou destaque nas redes sociais. A denúncia foi feita por Pablo Ramon da Silva Ferreira, de 25 anos, que alegou ter sido vítima de ofensas racistas, incluindo o termo ‘macaco sujo’, proferidos por Fabiani. Testemunhas e câmeras de segurança do Burger King registraram o confronto verbal entre a advogada e a vítima.
Durante a discussão, Fabiani refutou as acusações, questionando a validade das palavras ofensivas atribuídas a ela. Em um áudio divulgado, Pablo rebate as provocações da advogada, gerando um embate verbal tenso entre os dois.
Em um relato à TV Globo, o supervisor do estabelecimento detalhou a situação, descrevendo o comportamento agressivo da cliente. Segundo ele, Fabiani teria chegado alterada ao Drive-Thru, exigindo atendimento em cabines fechadas. A discussão acalorada culminou em agressões mútuas, com Pablo afirmando ter sido agredido por Fabiani.
Diante da gravidade da situação, a Polícia Militar foi acionada e encontrou a advogada em estado visivelmente alterado e embriagada. Fabiani foi detida em flagrante e conduzida ao 27º Distrito Policial (DP), no Campo Belo, onde um boletim de ocorrência foi registrado. A advogada se mostrou agressiva e tumultuou o ambiente, impedindo o registro de seu depoimento.
Além de Pablo, outros funcionários do Burger King também foram vítimas das atitudes de Fabiani, resultando em acusações de racismo e agressão contra a advogada. A situação segue em investigação para esclarecer os fatos e garantir a justiça diante do ocorrido.
Fonte: @ Hugo Gloss
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