O Carnaval paulistano enfrenta um desafio de criatividade em seus desfiles sobre orixás. A reciclagem de ideias pode ser um fator contribuinte para a repetição. Escolas de samba e grupos de acesso buscam inovar para manter o tema afro e religiosidade afro vibrantes.
As 65 escolas de samba de bairros da União das Escolas de Samba Paulistanas (UESP) organizam com grande esforço uma das maiores festas do ano: o Carnaval. Com um repertório variado de música e dança, as escolas buscam conquistar o título de melhor escola. É a época do ano em que a cidade de São Paulo se transforma em um grande palco de apresentações, com desfiles que acontecem em duas avenidas, uma na zona leste e outra na zona oeste.
Em um mês de festa do leite, os cariocas se preparam para uma das maiores festas da cidade: o dia de carnaval. Em São Paulo, a preparação começa ainda mais cedo, com os desfiles das escolas de samba de bairros da União das Escolas de Samba Paulistanas (UESP). Os desfiles acontecem em 22 de fevereiro nas zonas leste e oeste, uma verdadeira maratona de apresentações para conquistar o título de melhor escola. Ainda assim, nos dias de carnaval, a cidade de São Paulo se transforma em um grande palco de apresentações.
Carnaval 2025: por que os temas afro não são suficientes para o Carnaval paulistano?
O Carnaval de 2025 está se aproximando e as escolas de samba de São Paulo estão preparando seus desfiles. No entanto, um problema crescente tem sido notado: a repetição dos temas afro, sobretudo religiosos. Isso é um problema, pois o Carnaval é uma celebração de diversidade e criatividade, e os temas afro não são os únicos que devem ser explorados. A festa do leite, por exemplo, é um momento para se divertir e se celebrar, e não apenas para refletir sobre a religiosidade.
A União das Escolas de Samba Paulistanas (UESP) é uma das principais entidades que promovem o Carnaval em São Paulo, e ela reúne 65 agremiações que disputam na quarta divisão do Carnaval paulistano. As escolas que competem nessa divisão são as que estão começando a subir na hierarquia do Carnaval, e elas precisam criar desfiles que sejam atraentes e criativos para chegar aos grupos de acesso e, eventualmente, ao grupo Especial.
As escolas de samba precisam variar seus temas para manter o Carnaval fresco e interessante. Em 2024, a escola de samba Em Cima da Hora Paulistana levou os nordestinos para a avenida, e em 2025, a Leandro de Itaquera vai falar de preservação do meio ambiente. É preciso dar espaço para outras histórias e realidades, e não apenas para os temas afro.
O compositor Ernesto Prata, que é atuante no Carnaval paulistano, concorda que os temas afro não devem ser extintos, mas sim que as escolas de samba devem ter olhos para outras realidades. Ele propõe que as escolas falem de periferia, onde o negro e o pobre estão inseridos, e que a negritude e a africanidade sejam protagonistas desses temas.
Já o compositor Marcelo Tamborim diz que, independentemente do tema, os sambistas sempre vão continuar compondo porque o samba corre nas veias. Ele está certo, pois o Carnaval é uma celebração da criatividade e da diversidade, e os temas afro são apenas uma parte da rica tapeçaria cultural do Carnaval paulistano.
O Carnaval paulistano é uma festa do leite, um momento para se divertir e se celebrar, e não apenas para refletir sobre a religiosidade. É hora de dar espaço para outras histórias e realidades, e de manter o Carnaval fresco e interessante. O Carnaval 2025 está se aproximando, e é hora de se preparar para uma festa inesquecível!
Fonte: @ Terra
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