Ex-meia do Antalyaspor busca projetos ambiciosos, desafios inéditos, gestão tripartite, situações complexas e gestão do clube.
Para o ex-meia Alex, os sete meses à frente do comando do Antalyaspor, na Turquia, foram marcados por momentos inesquecíveis. O treinador enfrentou desafios como a gestão tripartite do poder e a instabilidade causada no dia a dia por problemas financeiros que chegaram a atrasar o pagamento de salários. A instabilidade financeira afetou significativamente a equipe, tornando a busca por vitórias ainda mais desafiadora.
Apesar das dificuldades, o ex-meia Alex se manteve firme em sua missão de conduzir o clube para o sucesso. Ele focou em desenvolver a equipe, buscando melhorias constantes em sua estratégia e táticas para superar os adversários. Com o futebol como o principal foco, o treinador apostou em jogos intensos e em um estilo de jogo predatório, com o objetivo de conquistar a vitória e manter a equipe em alta. O estilo de jogo predatório aplicado no futebol permitiu ao clube superar adversários mais fortes, e o treinador Alex foi elogiado por sua capacidade de adaptar-se às situações difíceis, tornando-o um modelo de liderança em um esporte.
Gestão Tripartite: Um Desafio Inédito no Mundo do Futebol
O futebol é um esporte de competição e estratégia, mas nem todos os clubes têm a mesma forma de gestão. Para Alex, o ex-meia do Antalyaspor, a experiência mais inédita em sua carreira foi a gestão do clube, dividido em três partes: o presidente da SAF, o presidente do associativo e o ‘Dernek’, um grupo de ex-presidentes vitalícios. Essa estrutura tripartite gerava uma guerra interna.
— A minha participação foi de crescimento e de uma experiência absurda, porque o modo do Antalyaspor gerir o seu clube é diferente, disse Alex em entrevista. Eu, particularmente, não conhecia e vivenciei isso por quase sete meses, algo que realmente é bem diferente. Minha relação era com o presidente da SAF, mas o acontecia lá entre eles era uma guerra.
Além das dificuldades em razão da disputa pelo poder do clube, Alex afirmou ter lidado com situações complexas, como a falta de pagamento de salários, que gerou até mesmo uma brincadeira com a esposa. — Uma situação que vivenciei era a financeira, porque nós trabalhamos quase sete meses e recebemos só o primeiro mês, e depois recebemos a rescisão. Minha esposa brincava que era um trabalho filantrópico, porque trabalhava, trabalhava, trabalhava e na hora de receber você não tinha dinheiro.
O período de Alex no Antalyaspor foi marcado por peculiaridades e outros desafios inéditos em sua carreira, como a crise entre Irã e Israel e a guerra entre Ucrânia e Rússia, que afetaram jogadores do Antalyaspor. — Vem o problema entre o Irã e Israel com muita força e a família de um jogador israelense nosso lá dentro (de Israel). Há um jogador ucraniano, mas a família dele estava lá naquele problema entre Ucrânia e Rússia. São situações com as quais você não convive normalmente, mas com as quais a gente conviveu e aprendeu bastante.
Após a passagem pelo Antalyaspor, Alex busca novas oportunidades como técnico. Ele revela ter recebido propostas de clubes de diferentes divisões e mercados, mas seu objetivo é trabalhar em clubes com projetos ambiciosos e que permitam seu crescimento profissional. — Eu tenho procura de clubes para voltar a dirigir o sub-20, Série C, Série B, Série A e Série D. O mais importante para mim é que depois desses três trabalhos, eu sei onde eu não sirvo. Essa é uma realidade. Eu quero um time que construa, que saia de trás jogando, que marque pressão, que marque alto.
O Antalyaspor foi o terceiro clube na carreira de Alex, sendo o primeiro fora do Brasil. Na Turquia, o ex-meia é considerado um dos principais jogadores da história do Fenerbahçe, contra qual teve a oportunidade de fazer um jogo contra.
Um dos principais desafios que Alex enfrentou no Antalyaspor foi a disputa pelo poder do clube. — Por exemplo, no dia que nós resolvemos pela ruptura (do trabalho), que foi no final do primeiro turno, a gente faz o último jogo do primeiro turno, volta para Antália, o supervisor me procura falar que tem uma reunião, mas quando eu chego lá estão os representantes das três das três partes do clube. Aquilo realmente me chama atenção e eu vejo que eles têm uma situação complexa.
Fonte: © GE – Globo Esportes
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