Batida de caminhões despejou contaminantes no rio Suruí, em Magé, causando impactos ambientais, intoxicações e danos à pele em locais afetados.
O rio, tradicionalmente a sustentação da comunidade pesqueira, agora passa por uma situação alarmante. Moradores da região relatam casos de irritação na pele e até mesmo intoxicações, o que indica claramente a contaminação. É preciso então agir com urgência para resolver esse problema, garantindo a minimização dos impactos ambientais que podem trazer consequências graves para a população local e o meio ambiente.
Uma passeata foi organizada pelo GreenFaith no Brasil em conjunto com associações locais. Eles pleiteiam a realização de uma investigação eficaz para identificar as causas da contaminação, punição para as responsáveis e apoio às famílias afetadas. Além disso, é fundamental adotar medidas concretas para combater a poluição do rio e proteger o meio ambiente, evitando que a situação se agrave. A contaminação do rio não é apenas um problema local, ela tem consequências mais amplas, afetando a saúde humana e o equilíbrio ecológico. É necessário agir rapidamente para resolver esse problema e garantir a sustentabilidade do rio e da comunidade que o depende. A luta pela contaminação do rio é uma luta pela vida e pela saúde da população local.
Também afetam a nossa vida
Dependemos de recursos naturais como caranguejos para manter o sustento, mas o medo de contaminações tornou tudo complicado. ‘Nós vivemos de caranguejos, mas agora ninguém quer comprar por medo de poluição e contaminação’, atesta a moradora de Magé, Vanilza da Conceição Gomes. Ela fala sobre a devastação que o acidente com os caminhões deixou em seu local de trabalho e no berço de vida que é o rio Suruí. O incidente aconteceu no dia 1 de outubro, quando dois veículos colidiram e liberaram cinco mil litros de produtos químicos, incluindo diesel e emulsão asfáltica, na Baía de Guanabara.
O acidente gerou preocupações com irritações na pele e intoxicações entre os pescadores e moradores da região. ‘Eu estou tomando remédio desde que tudo aconteceu.Minha garganta dói e meu neto também passou mal’, afirma a pescadora Vanilza. A situação se agrava porque estamos em período de proibição da pesca, o que visa proteger a reprodução dos caranguejeiros e manter o ambiente saudável.
A Associação de Caranguejeiros e Amigos dos Mangues de Magé, liderada por Rafael Santos Pereira, está em luta para garantir que as autoridades assumam a responsabilidade pelo acidente e implementem medidas para recuperação ambiental, além de apoiar as famílias afetadas. ‘Estamos lutando para que as autoridades assumam a responsabilidade, implementem medidas de recuperação e apoiem as famílias prejudicadas’, explica Pereira.
A contaminação do rio Suruí, resultado direto do acidente, já causou impactos ambientais significativos. ‘Estamos vendo um berço de vida destruído’, diz Vanilza. O acidente ocorreu na BR-116, perto do rio, e liberou uma grande quantidade de poluentes no meio ambiente. Foi um derramamento de cinco mil litros de produtos químicos, incluindo gasolina, diesel e emulsão asfáltica, no afluente da Baía de Guanabara.
A recuperação do rio Suruí não é tarefa fácil. As medidas emergenciais como a instalação de boias de contenção são insuficientes para resolver os problemas causados pelo acidente. Magé está localizada na ‘periferia da periferia’, como referido pelo Mapa da Desigualdade da Casa Fluminense, em 2023, e é um dos municípios mais vulneráveis a desastres ambientais na Região Metropolitana do Rio de Janeiro. Cerca de 73 mil domicílios da cidade estão localizados em áreas de alto risco de alagamento, o que representa 66% das moradias de Magé.
Fonte: @ Terra
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