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Tim Walz, candidato a vice, deve equilibrar laços com chineses e críticas a Xi Jinping. Intercâmbios culturais de verão com colegas políticos e ativistas chineses presos.
A decisão sobre o candidato a vice na chapa da candidata democrata à presidência, Kamala Harris, tem uma relação de longa data com a China.
Em um país asiático como a China, a cidade de Pequim é um importante centro político e econômico do país.
Experiência na China molda perspectiva política de Tim Walz
Mas aos olhos de Pequim, isso pode não ser necessariamente uma boa notícia. Tim Walz se mudou para a China logo após se formar na faculdade, em 1989, para dar aulas em uma escola de ensino médio por um ano, e depois retornou frequentemente ao país durante uma década, levando estudantes americanos em intercâmbios culturais de verão. O governador de Minnesota, de 60 anos, falou com carinho sobre seu tempo na China e sobre as pessoas que conheceu lá, e sua familiaridade com o país e empatia pelo povo trazem uma perspectiva pessoal e diferenciada sobre o maior rival estratégico dos Estados Unidos, algo raro entre seus colegas políticos.
Críticas à liderança autoritária chinesa
Alguns oponentes republicanos aproveitaram essa experiência para acusar Walz de ser ‘pró-China’, mas o candidato a vice-presidente democrata tem um longo histórico de críticas à liderança autoritária chinesa. Walz mudou-se para a China em um momento tumultuado e politicamente carregado, pouco após o massacre da Praça da Paz Celestial, quando o Partido Comunista enviou tanques para reprimir violentamente protestos pacíficos pró-democracia liderados por estudantes em Pequim. Ao retornar para casa em Nebraska, em 1990, ele disse a um jornal local que sentia que o povo chinês havia sido maltratado pelo governo por anos. ‘Se eles tivessem a liderança adequada, não haveria limites para o que poderiam realizar. Eles são pessoas tão gentis, generosas e capazes’, disse ele ao jornal Star-Herald na época. Durante seu tempo no Congresso, de 2007 a 2019, Walz mobilizou apoio para ativistas chineses presos. Ele se encontrou com o Dalai Lama, o líder espiritual tibetano exilado e odiado por Pequim, e com Joshua Wong, o jovem ativista pró-democracia de Hong Kong, agora preso por seu ativismo contra o crescente controle de Pequim. ‘Quanto mais ele entende a China, mais ele sente pena do povo chinês, e mais crítico ele se torna dos governantes, disse Shen Dingli, analista de política externa em Xangai. ‘Ele tem algum entendimento da cultura chinesa e a respeita em seu coração, mas definitivamente não aceita o sistema político da China’, acrescentou Shen. ‘Pequim provavelmente tem mais medo e desconforto com esse tipo de estrangeiro que entende a China’. O governador de Minnesota, Tim Walz, chega para falar em uma entrevista coletiva em 1º de agosto de 2024 em Bloomington, Minnesota. / Stephen Maturen/Getty Images ‘Foi mais sobre as pessoas’ Walz estava entre os primeiros grupos de jovens americanos a dar aulas em escolas de ensino médio na China, sob um programa de voluntariado da Universidade de Harvard, apenas uma década após os dois países estabelecerem relações diplomáticas. Como recém-formado, ele passou um ano ensinando inglês e história americana na Foshan Nº 1 High School, na província de Guangdong, no sul. Lá, ele
Fonte: @ CNN Brasil
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