Vigilância em saúde dos trabalhadores afetados pela emergência climática é intensificada devido aos mais de 15 mil incêndios registrados este ano, com foco em condições de trabalho e centros de referência.
O Ministério da Saúde realizou, na última terça-feira (1º), uma série de ações de apoio aos brigadistas florestais em dois acampamentos localizados na região de Lagoa da Confusão, no Tocantins, com o objetivo de garantir a Saúde e o bem-estar desses profissionais.
Essas ações incluíram a prestação de Assistência médica e odontológica, além de Cuidado com a higiene e a segurança dos brigadistas. Além disso, foram oferecidas orientações sobre Atenção às condições de saúde e prevenção de doenças, visando minimizar os riscos associados ao trabalho em áreas de risco. A saúde é um direito fundamental e é essencial que esses profissionais recebam o apoio necessário para exercerem suas funções de forma segura e eficaz.
Atenção à Saúde: Protegendo os Brigadistas Florestais
A equipe da Força Nacional do SUS (FN-SUS) e profissionais de saúde locais prestaram assistência e avaliaram as condições de trabalho dos brigadistas, que também receberam orientações sobre as diretrizes de vigilância em saúde do trabalhador brigadista florestal. Conhecer a realidade de trabalho dos brigadistas em primeira mão é essencial, pois são trabalhadores que estão na linha de frente e que precisam ser visibilizados, explica o técnico da Coordenação-Geral de Vigilância em Saúde do Trabalhador (CGSAT), Rafael Bastos.
O estado já registrou mais de 15 mil incêndios este ano, segundo dados do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe). Brigadistas florestais trabalham expostos a altas temperaturas, fumaça e substâncias químicas, com jornadas extensas e privação de sono, o que traz riscos como doenças respiratórias, cardiovasculares e transtornos mentais, além de acidentes. A Saúde é um aspecto fundamental para esses trabalhadores, que precisam de cuidado e atenção especial.
Condições de Trabalho e Saúde dos Brigadistas
‘Temos baixas na equipe sistematicamente por questões de saúde’, afirma o analista ambiental do ICMBio e chefe de operações, Raoni Japiassu, que atua há 16 anos no combate ao fogo. ‘As orientações do Ministério nos ajudam a ajustar procedimentos e condições de saúde, além de trazer resultados positivos não apenas a esta operação, mas ao sistema como um todo’, revela. A Saúde é um direito fundamental, e é essencial que os brigadistas recebam a assistência necessária para realizar seu trabalho de forma segura.
O Ministério da Saúde, por meio da Secretaria de Vigilância em Saúde e Ambiente (SVSA), tem intensificado a vigilância da saúde da população trabalhadora, com atenção especial aos grupos vulneráveis e mais expostos à emergência climática. A pasta, através da articulação com os Centros de Referência em Saúde do Trabalhador (Cerests) e demais entidades de vigilância dos estados e municípios, realiza busca ativa por acidentes de trabalho e óbitos relacionados às queimadas.
Brigadistas Florestais nos Territórios Indígenas
Comunidades indígenas do Tocantins também sofrem com os incêndios florestais e têm seus trabalhadores expostos. ‘Quando a gente tenta combater o fogo durante 30 dias seguidos e não consegue, ficamos doentes de tristeza’, lamenta o cacique e brigadista voluntário Wagner Krahô-Kanela, da aldeia Catàmjê. Ele representa uma categoria pouco reconhecida, a de trabalhadores de territórios indígenas que participam do enfrentamento às queimadas e proteção das florestas.
O ministério, por meio da Secretaria de Saúde Indígena (Sesai) e outras secretarias, realiza ações em benefício dessas populações. Ainda na terça-feira (1º), outra equipe da missão da FN-SUS visitou as aldeias Catàmjê e Krahô Takaiub para realizar um diagnóstico e intensificar as ações de saúde no Distrito Sanitário Especial Indígena Tocantins (Dsei-TO). Ao todo, 13,6 mil indígenas vivem em 227 aldeias no estado, segundo o Sistema de Informação da Atenção à Saúde Indígena.
Fonte: @ Ministério da Saúde
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