Arrecadação federal atingiu R$ 203,1 bilhões, impulsionada por receita própria e desonerações tributárias, além de fatores atípicos que influenciaram as contas públicas.
A arrecadação federal de impostos no Brasil alcançou um patamar significativo em setembro, atingindo R$ 203,1 bilhões e registrando uma alta real de 11,61% em relação ao mesmo período do ano anterior. Essa alta é um indicativo de que a economia está em recuperação. A Receita Federal divulgou esses dados em 22 de setembro, destacando o crescimento da arrecadação.
No acumulado do ano, a arrecadação atingiu R$ 1,934 trilhão, o que representa uma alta real de 9,68% em relação ao mesmo período do ano anterior. Isso é um reflexo do aumento da receita e da eficiência na cobrança de impostos e tributos. A Receita Federal tem trabalhado para melhorar a arrecadação e reduzir a evasão fiscal, o que tem contribuído para o crescimento da arrecadação federal. A arrecadação é fundamental para o financiamento de políticas públicas e investimentos em infraestrutura.
Entendendo a Arrecadação e suas Implicações
Os dados sobre a arrecadação são fundamentais para que os investidores compreendam a situação das contas públicas, especialmente em um período em que a questão fiscal é amplamente discutida no mercado. O arcabouço fiscal estabelece que o governo deve equilibrar os ganhos com os gastos, zerando o déficit. O cumprimento dessa meta seria um sinal positivo para os investidores, indicando que as contas públicas estão saudáveis. Isso reduziria a percepção de risco e, consequentemente, os prêmios exigidos para investir no Brasil. Em resumo, contas públicas saudáveis atraem mais investidores, o que pode levar a uma alta na bolsa e uma queda no dólar.
Uma arrecadação forte é um sinal positivo, pois mais dinheiro está entrando nos cofres públicos. No entanto, isso só terá efeitos se o governo também implementar um corte de gastos para equilibrar as contas. Nos números atualizados pela inflação, o resultado de setembro foi o melhor para o mês em toda a série histórica, com início em 1995. No acumulado dos nove primeiros meses do ano, o resultado também foi recorde.
Arrecadação e Receita
Sem correção inflacionária, a arrecadação mostrou alta de 16,55% em setembro. Considerando somente as receitas administradas pela Receita Federal, houve alta real de 11,95% em setembro, somando R$ 196,6 bilhões. No ano, as administradas somaram R$ 1,841 trilhão, alta real de 9,67%. Já a receita própria de outros órgãos federais (onde estão os dados de royalties de petróleo, por exemplo) foi de R$ 6,52 bilhões no mês passado, alta real de 2,23%. No ano, a arrecadação de outros órgãos alcançou R$ 92,4 bilhões, alta real de 9,92%.
Desonerações e Tributos
O governo federal deixou de arrecadar R$ 10 bilhões em setembro deste ano por causa de desonerações tributárias. O dado representa uma queda de R$ 2,3 bilhões em relação ao mesmo período de 2023. Nos nove primeiros meses do ano, a renúncia foi de R$ 92,5 bilhões. As fontes de renúncia do governo federal no acumulado deste ano foram: PIS/Cofins sobre combustíveis (R$ 2 bilhões); IPI-Total (R$ 1,5 bilhão); Lucro Presumido (R$ 1,3 bilhão); Entidades Beneficentes – Cebas (R$ 1 bilhão); Transporte Coletivo (R$ 465 milhões); e Cesta Básica (R$ 496 milhões). O item ‘Outros’ soma R$ 85,6 bilhões.
Fatores Atípicos e Arrecadação
A arrecadação administrada pela Receita Federal teria ficado em R$ 192,9 bilhões em setembro se fossem descartados fatores considerados atípicos, que elevaram a arrecadação. O número foi divulgado pela própria Receita. No mês passado, a arrecadação federal administrada ficou em R$ 196,6 bilhões, ou R$ 3,7 bilhões a mais, incluindo aí fatores atípicos, referentes à entrada de recursos que foram postergados decorrentes da calamidade do Rio Grande do Sul.
Fonte: @ Valor Invest Globo
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