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A AESO propõe que o IMC é
insuficiente
insuficiente
para diagnosticar e controlar a obesidade.
A obesidade é um problema de saúde pública que afeta milhões de pessoas em todo o mundo. O Índice de Massa Corporal (IMC) é uma medida amplamente utilizada para identificar a condição de obesidade em indivíduos, levando em consideração o peso e a altura de cada pessoa. É essencial que a população esteja ciente dos riscos associados à obesidade e busque orientação médica para manter um estilo de vida saudável.
O acúmulo de gordura abdominal é um fator de risco significativo para problemas de saúde relacionados à obesidade. Manter um IMC dentro da faixa saudável é fundamental para reduzir o excesso de gordura no corpo e prevenir complicações futuras. É importante adotar hábitos alimentares saudáveis e praticar atividades físicas regularmente para manter o peso sob controle e evitar o desenvolvimento de sobrepeso e outras condições associadas à obesidade.
Revisão de Critérios para Diagnóstico de Obesidade
No entanto, um estudo recente publicado na Nature Medicine destaca a importância de rever os critérios atuais para diagnosticar e tratar a obesidade. O artigo, desenvolvido por especialistas da Associação Europeia para o Estudo da Obesidade (AESO), propõe uma abordagem mais abrangente que leve em consideração não apenas o Índice de Massa Corporal (IMC), mas também a distribuição de gordura corporal e outros fatores relevantes.
Os profissionais de saúde envolvidos no estudo argumentam que o IMC por si só não é suficiente para diagnosticar a obesidade de forma precisa. Eles destacam que a gordura abdominal, em particular, desempenha um papel crucial no desenvolvimento de complicações cardiometabólicas e pode ser um indicador mais confiável do risco de doenças do que o IMC, mesmo em casos onde o IMC está abaixo do limite tradicional para obesidade.
A proposta do novo modelo de diagnóstico é incluir indivíduos com IMC considerado como sobrepeso (entre 25 e 30) que apresentam acúmulo de gordura abdominal e sintomas relacionados à obesidade. Essa abordagem visa evitar subdiagnósticos e garantir que pessoas em risco recebam a atenção e o tratamento adequados.
Segundo Paulo Miranda, presidente da Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia, essa mudança de paradigma reflete a natureza complexa e crônica da obesidade. Ele enfatiza a importância de considerar não apenas o IMC, mas também outros aspectos relevantes para um diagnóstico preciso.
Por sua vez, Bruno Halpern, presidente da Associação Brasileira para o Estudo da Obesidade e Síndrome Metabólica (Abeso), destaca a ampliação do conceito de obesidade para incluir pessoas com IMC acima de 25 e circunferência abdominal aumentada. Ele ressalta a importância de avaliar a relação entre a circunferência abdominal e a altura como um indicador de risco para complicações relacionadas à obesidade.
Essas novas diretrizes representam uma evolução significativa na forma como a obesidade é diagnosticada e tratada, levando em consideração uma variedade de fatores além do IMC. A abordagem mais abrangente proposta pelos especialistas da AESO visa melhorar a identificação e o manejo da obesidade, garantindo uma atenção mais personalizada e eficaz aos pacientes em risco.
Fonte: © CNN Brasil
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