Balanço aponta 72 mortos e 43 feridos entre profissionais de saúde e pacientes devido a bombardeios em hospitais, que estão sob pressão, afetando serviços de saúde e centros de saúde primários.
A Organização Mundial da Saúde (OMS) divulgou um relatório alarmante sobre os ataques de Israel que atingiram a saúde no Líbano, revelando que 23 unidades de saúde foram alvo de bombardeios, resultando em 72 mortos e 43 feridos entre profissionais de saúde e pacientes. Esses números são um reflexo da gravidade da situação e da necessidade urgente de proteger a saúde e a vida das pessoas afetadas.
A OMS enfatizou que os hospitais estão sob pressão e pediu o fim das hostilidades aos pontos de assistência médica, que são fundamentais para garantir os cuidados de saúde essenciais à população. Além disso, a entidade destacou a importância de preservar os serviços essenciais de saúde, que são cruciais para salvar vidas e prevenir doenças. A proteção da saúde é um direito humano fundamental e deve ser respeitado em todas as circunstâncias. A comunidade internacional deve se unir para garantir a segurança e a dignidade das pessoas afetadas.
Ataques ao Sistema de Saúde no Líbano
Os ataques ao sistema de saúde no Líbano começaram em 17 de setembro e, de acordo com um levantamento da Organização Mundial da Saúde (OMS), 15 investidas impactaram instalações de saúde e 13 afetaram o transporte de saúde. No sul do Líbano, foi detectada uma concentração maior de unidades de saúde que fecharam, mas esse movimento foi notado em outras partes do país. Dos 207 centros de saúde primários, 100 estão fechados. Até o momento, cinco hospitais foram evacuados e outros cinco retiraram parte dos pacientes, inclusive casos críticos de câncer e pessoas em diálise, que foram realocados em unidades em situação de sobrecarga.
A saúde no Líbano está em risco devido à falta de pessoal e recursos, o que tem dificultado a manutenção de serviços ininterruptos para todos os necessitados. Os hospitais no Líbano já estão sob enorme pressão enquanto se esforçam para sustentar serviços essenciais de saúde enquanto lidam com um fluxo sem precedentes de pessoas feridas. A falta de suprimentos e a exaustão dos profissionais de saúde têm sido um grande desafio para o sistema de saúde.
Resposta da OMS e Parceiros
No início do mês, a OMS enviou quatro voos com suprimentos médicos para tratamento de traumas e prevenção de cólera para seu centro logístico em Dubai. De lá, eles seguiram para Beirute e são suficientes para os cuidados de cerca de 100 mil pacientes. Além disso, a OMS está trabalhando com a Cruz Vermelha Libanesa para equipar os bancos de sangue e coordenar um treinamento em cirurgia de trauma de guerra, além da criação de centros de trauma em hospitais de referência.
Outra frente está sendo conduzida com o Ministério de Saúde Pública do Líbano para evitar quadros que podem eclodir em abrigos, como diarreia aquosa aguda e infecções respiratórias. A OMS está trabalhando incansavelmente com o Ministério da Saúde Pública no Líbano para apoiar a continuidade dos serviços essenciais de saúde, mas o que o povo do Líbano mais precisa é de um cessar-fogo imediato.
A situação no Líbano é alarmante, e os ataques aos cuidados de saúde debilitam os sistemas de saúde e impedem sua capacidade de continuar a funcionar. Eles também impedem que comunidades inteiras acessem serviços de saúde quando mais precisam deles. A saúde é um direito fundamental, e é essencial que sejam tomadas medidas para proteger os serviços de saúde e garantir que as pessoas tenham acesso a cuidados de saúde de qualidade.
Fonte: @ Veja Abril
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