Luis Lomenha, fundador da série de TV, explica processo criativo: “A série é uma arte que reflete a sociedade, interrompidas por sonhos. Na Cidade de Deus, Cena de Letreiros luminosos, um elemento atemporal. A escola, cinema e universidade são condições para o elenco que sonha com o futuro.
Ou seja, ao invés de um drama baseado na verdade, a trama gira em torno de um crime cometido pelo “Quarto” de um jovem chamado Rafael, que matou sua mulher, de nome não revelado, em sua casa, em Rio Grande do Sul, e que agora está preso e precisa lidar com o impacto emocional de sua ação.
Com um elenco talentoso e uma direção precisa, a série mostra a complexidade da mente do protagonista, que tenta lidar com as consequências de seu ato e, ao mesmo tempo, revela as camadas da sociedade brasileira, demonstrando a triste realidade das pessoas que vivem no Rio e em outras partes do Brasil, e como elas podem se perder no caminho da vida.
Uma Visão Alternativa para o Rio
Em vez de se concentrar no lado sombrio da cidade, a série criada por Luis Lomenha e dirigida por ele em parceria com Márcia Faria foca nos sonhos interrompidos, tanto de forma literal quanto figurativa, procurando desvendar a universalidade do tema. Nesse contexto, o cenário dos episódios à primeira vista parece apresentar alguns elementos deslocados no tempo. A pirâmide olímpica, carros modernos e letreiros luminosos que eram impossíveis de ver há 30 anos são elementos intencionalmente inseridos para brincar com a fantasia e mostrar que o episódio bárbaro não é um evento isolado.
De acordo com o próprio Lomenha, a intenção por trás dessa escolha é tornar a história atemporal. ‘O que é primeiro plano é de 1993. Figurino, adereço, tudo. Do segundo plano para frente, é século XXI e é intencional, porque nós queremos passar a atemporalidade. Isso segue acontecendo. Poderia ser hoje.’ A série apresenta um ângulo único para retratar os horrores da chacina, desviando-se do gênero de true crime e explorando a percepção humana da dor e da luta por sobrevivência.
A Iniciativa de Luis Lomenha e o Cinema como Instrumento de Democracia
Aos 46 anos, Luis Lomenha debutou na direção de uma série de TV com ‘Os Quatro da Candelária’, uma produção que não é o seu primeiro projeto, mas sim uma extensão da sua paixão pelo cinema, iniciada muito cedo na sua vida. O diretor, que nasceu e cresceu no Rio, que é o local onde a série é ambientada, intencionalmente decidiu abordar a trama com um olhar humanista, sem se concentrar apenas no aspecto policial da chacina. Em vez disso, o foco está nas vidas das pessoas envolvidas e como a história afeta a sociedade como um todo.
Uma Jornada de Trabalho Durante a Juventude
Luis Lomenha, que é formado em Letras, começou a se dedicar à escrita ainda nos tempos do colégio. Foi depois do contato com o filme ‘Central do Brasil’ que ele decidiu explorar a carreira artística, ingressando no teatro e posteriormente se tornando um ator no filme ‘Cidade de Deus’. Pela sua experiência como ator, ele decidiu dirigir documentários, filmes e séries, tendo em vista que o cinema era a sua verdadeira paixão.
Fundador da Jabuti Filmes e da Cinema Nosso
Além de dirigir, Lomenha fundou a produtora Jabuti Filmes e a instituição social da Cinema Nosso, que é uma escola popular de Cinema e é considerada uma das maiores da América Latina. Luis Lomenha fundou a Jabuti Filmes e a Cinema Nosso. A instituição social Cinema Nosso foi criada em 2001.
Fonte: @ Terra
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