Wright exigia retratação e reparação por danos morais após postagem do Galo, defendendo exercício da liberdade de pensamento e direito à crítica.
José Roberto Wright, ex-árbitro que atuou entre as décadas de 1970 e 1990, teve seus pedidos indeferidos pela Justiça, em um processo que movia contra o Atlético-MG. A decisão final foi proferida após uma longa batalha judicial, que agora não admite mais recursos.
A Justiça foi clara em sua decisão, não acatando os argumentos apresentados por José Roberto Wright. O caso foi julgado em um Tribunal especializado, que analisou todos os aspectos do processo antes de tomar a decisão final. Com isso, o ex-árbitro não terá mais oportunidade de reverter a situação, e o Atlético-MG pode considerar o caso encerrado. A decisão é definitiva e não pode ser alterada.
Justiça e Liberdade de Expressão
O Tribunal do Rio de Janeiro decidiu que o Atlético não cometeu ato ilícito ao ironizar o árbitro Rodrigo José Pereira de Lima em uma postagem nas redes sociais. A decisão foi tomada após José Roberto Wright, outro árbitro, recorrer à Justiça para cobrar reparação por danos morais. Wright alegou que o clube o havia ofendido ao compará-lo a Rodrigo de Lima, que expulsou Hulk em um jogo contra o Palmeiras.
A Corte considerou que a postagem do Atlético foi um exercício legítimo da liberdade de expressão e do direito de crítica. O Tribunal destacou que o pensamento crítico não é ofensa, mas sim um direito protegido constitucionalmente pela liberdade de expressão. Além disso, a exposição social de Wright como árbitro de futebol o torna sujeito a críticas.
Julgamento e Conjunto Probatório
O Julgamento do 6º Juizado Especial Cível do Rio de Janeiro rebateu os argumentos de Wright, destacando que o conjunto probatório dos autos evidencia que o Atlético apenas atuou no exercício da liberdade de expressão e do direito de crítica, sem abuso de direito ou prática de ato ilícito. A sentença enfatizou que a postagem questionada apenas expôs um pensamento crítico e não extrapolou o limite do razoável.
A decisão do Tribunal também lembrou que as expulsões levadas a efeito por Wright em um jogo do Estádio Serra Dourada em 1981 foram um fato histórico para os amantes do futebol e que a comparação feita pelo Atlético foi legítima. Em resumo, o Tribunal considerou que os pedidos de Wright não merecem acolhida e julgou improcedentes os pedidos.
Fonte: © GE – Globo Esportes
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