O otimismo para o final do ano recuou, enquanto a expectativa de alta da inflação e do custo de vida avança, segundo o IPC Radar da Febraban.
Com o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) apresentando um aumento de 0,56% em outubro, a inflação se mantém como um dos principais problemas enfrentados pela população brasileira. A pesquisa Radar Febraban indica que a apreensão com a inflação aumentou, passando de 25% dos brasileiros em setembro para 27% em outubro.
A inflação parece estar diretamente relacionada a outros problemas econômicos, como a carga de juros e o aumento de impostos. Com a alta da inflação, os juros começam a ser mais altos, o que impacta negativamente a economia do país. Além disso, o aumento dos impostos também contribui para a percepção de que a inflação está aumentando. O governo precisa encontrar uma forma de equilibrar a economia sem aumentar a carga de impostos e juros, o que poderia piorar a situação. Enquanto isso, os brasileiros têm que se adaptar a um cenário econômico incerto. O aumento da inflação pode levar a uma redução na despesa e a uma busca por opções de investimento mais seguras.
O Índice da Inflação Nacional de Preços ao Consumidor
O preço dos alimentos e outros produtos essenciais do abastecimento doméstico foi a principal preocupação, com um avanço de 1,06% no grupo de Alimentação e bebidas, contribuindo para os resultados de outubro do IPCA, medido pelo IBGE.
A percepção da sociedade sobre a vida, aspectos da economia e prioridades para o país é medida pelo Instituto de Pesquisas Sociais, Políticas e Econômicas (IPESPE). A última medição, entre os dias 15 e 23 de outubro, com uma amostra de 2.000 pessoas nas cinco regiões do país, mostrou que 77% da população avalia que os preços dos produtos aumentaram ou aumentaram muito em comparação com os últimos seis meses.
Ainda assim, a maioria dos brasileiros afirmou que sua vida pessoal e familiar avançou ou ficou estável em relação ao mesmo período do ano passado. A percepção foi mapeada pela quinta vez seguida, apoiada em dados benignos da economia e do desemprego.
O otimismo para o final do ano desacelerou um ponto em relação a setembro, com 49% opinando que o país estará melhor até o final de 2024, oscilação de menos um ponto. Para daqui a seis meses, 64% agora apostam em um aumento da inflação e custo de vida, antes eram 62%.
A aposta dos brasileiros vai em linha com a expectativa dos economistas para a inflação medida pelo IPCA para 2025 mapeada na última edição do Boletim Focus. Sobre a taxa de juros, agora são 56% os que acreditam que vai aumentar ante a 54% em setembro.
Conforme a pesquisa, os jovens de 18 a 24 anos, embora sejam os mais otimistas nas avaliações gerais, mostram-se os mais apreensivos quanto ao que vai ocorrer nos próximos seis meses na evolução da inflação e do custo de vida, endividamento, impostos e desemprego.
Quanto aos demais indicadores econômicos para os próximos seis meses, as projeções da população em geral tiveram variações em torno de dois pontos para mais ou para menos em relação a setembro. Impostos: 62% acreditam que haverá aumento; antes eram 61%. Poder de compra das pessoas: acréscimo de dois pontos entre os que acreditam que vai aumentar (32%) e recuo de um ponto entre os que apostam em diminuição (41%).
Desemprego: para 30% a falta de vagas no mercado de trabalho vai diminuir (oscilação de mais um ponto), ao passo que diminuiu dois pontos o contingente que acredita em aumento do desemprego (37%).
Fonte: @ Valor Invest Globo
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