Acordo elimina riscos de recuperação judicial sobre a companhia aérea, garantindo estrutura de capital e geração de caixa por meio de emissão de ações e acordos comerciais com arrendadores de aeronaves.
A Azul anunciou na noite de segunda-feira (7) que conseguiu fechar acordos comerciais estratégicos com arrendadores de aeronaves e fabricantes de equipamentos originais (OEMs), um passo importante para a consolidação da sua posição no mercado.
Com esses acordos, a Azul reafirma sua posição como uma das principais companhias aéreas do país, demonstrando sua capacidade de estabelecer parcerias sólidas com empresas líderes do setor. A empresa espera que esses acordos contribuam para a melhoria contínua de sua frota e serviços, oferecendo aos passageiros uma experiência de voo ainda mais segura e confortável. A Azul está preparada para enfrentar os desafios do mercado com confiança e inovação.
A Azul e seus Acordos Comerciais
A Azul, uma das principais companhias aéreas do país, anunciou recentemente um acordo com seus credores, incluindo arrendadores de aeronaves e fabricantes de peças, que representa uma parte significativa do plano para fortalecer a geração de caixa da empresa e melhorar sua estrutura de capital no futuro. De acordo com o documento arquivado na Comissão de Valores Mobiliários (CVM), esses acordos representam aproximadamente 92% das obrigações de emissão de ações existentes, sujeito a certas condições e aprovações corporativas aplicáveis.
Os acordos preveem que os arrendadores e OEMs concordam em eliminar sua participação pro-rata do saldo atual das obrigações de emissão de ações, totalizando aproximadamente R$ 3 bilhões, e, em troca, receberão até 100 milhões de novas ações preferenciais da Azul (AZUL4) em uma emissão única. Essa medida visa reduzir a dívida da empresa e aumentar a confiança dos investidores.
Análise dos Especialistas
Os analistas do J.P. Morgan consideram o acordo positivo, pois limita a diluição dos acionistas atuais da empresa. O analista Guilherme Mendes destaca que a substituição de R$ 3 bilhões em dívida por 100 milhões de ações da Azul causa uma diluição de apenas 23% dos minoritários e alivia a situação financeira da empresa. Além disso, o acordo elimina os riscos de recuperação judicial que pairavam em torno da Azul. O J.P. Morgan tem recomendação neutra para Azul, com preço-alvo em R$ 8,50, potencial de alta de 47,8% sobre o fechamento de ontem.
Já o Bradesco BBI considera o acordo um passo importante para a normalização da situação financeira da companhia e facilita negociações com outros credores. Os analistas Victor Mizusaki e Andre Ferreira destacam que a diluição dos acionistas deve ficar em torno de 22,3%, um pouco maior do que a diluição de 20% do acordo anunciado em maio do ano passado. O banco destaca que o acordo deve reduzir volatilidade das ações e a conversão de R$ 3 bilhões em dívidas a R$ 30 cada ação deve por si só aumentar o preço dos papéis para algo em torno de R$ 11,20. O Bradesco BBI tem recomendação de compra para Azul, com preço-alvo em R$ 20, potencial de alta de quase 3,5 vezes o fechamento de ontem.
Fonte: @ Valor Invest Globo
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