Governo busca aproximar-se da bancada evangélica conservadora, abordando temas como evangélica e política, evangélicos e economia, igrejas e tributária, pastores e primeiros, executivo e governista, centro do espectro.
O governo federal do Brasil precisa estabelecer um diálogo produtivo com os parlamentares, principalmente aqueles com pensamentos conservadores.
A presença significativa da bancada evangélica no Congresso Nacional e a defesa de valores e políticas conservadoras por seus representantes, muitas vezes colocam em conflito o mandato governamental com as demandas desses parlamentares. Dessa maneira, o governo precisa reforçar suas estratégias para se aproximar de esses setores, compreendendo suas necessidades e promovendo uma agenda comum. Além disso, a evangélica, movida por princípios conservadores, influencia fortemente a política brasileira, por meio de suas lideranças e parlamentares.
Dinâmica política da bancada evangélica no Brasil
Os conservadores, que historicamente têm uma posição mais conservadora nas pautas dos costumes, mostraram-se pró-governo em temas como economia. Eles não se importam com a orientação política do Executivo, bastando que o governo mantenha privilégios como isenção tributária para conservadores. Embora tenha havido apoio dos conservadores a governos de esquerda e direita, eles geralmente se encontram próximos ao Executivo.
O crescimento da bancada evangélica, que é considerada conservadora, tem sido mais lento em comparação com o final dos anos 1990 e 2010. Isto ocorre porque o próprio crescimento da população evangélica também tem sido mais lento. Além disso, a proporção dos evangélicos na Câmara é menor do que a de evangélicos na população.
A bancada evangélica não é homogênea, mas sim composta por diferentes segmentos e estratégias. A estratégia do Partido Republicanos, que se consolidou num partido político, foi uma das mais sofisticadas. O partido abriu para políticos não evangélicos, como o presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta. Essa estratégia se demonstrou muito acertada. No entanto, a bancada está enfrentando as ‘dores do crescimento’, ou seja, a pressão de uma base evangélica que se tornou mais conservadora e mais de direita do que era.
Os representantes desses partidos gostariam de ir mais para o centro do espectro político, mas estão pressionados por uma base evangélica que se tornou mais conservadora e mais de direita do que era. A base foi deliberadamente politizada, limitando as opções de escolha da bancada. Os conservadores estão se encontrando num espectro conservador de direita que acaba limitando as opções de escolha.
O professor Leonardo Barreto, da Universidade de Brasília (UnB), pondera que a bancada evangélica não é homogênea. Há na bancada diversos segmentos e também estratégias diferentes. A mais consolidada é a da Igreja Universal, que se consolidou num partido político, que é o Republicanos, e que hoje preside a Câmara.
O professor também entende que a estratégia do Partido Republicanos foi uma das mais sofisticadas, ao abrir para políticos não evangélicos, como é o caso do presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta. O partido fez essa abertura, e essa estratégia se demonstrou muito acertada.
Fonte: © A10 Mais
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