Progresso irregular na desaceleração da inflação, como uma montanha-russa, afeta a renda interna bruta e o produto interno bruto, influenciando o índice de preços ao produtor e o mercado de trabalho, refletindo na atividade econômica.
As recentes revisões para cima da Renda Interna Bruta (GDI), o aumento significativo das vagas de emprego e a previsão de um crescimento mais robusto do Produto Interno Bruto (PIB) indicam que a economia pode estar mais resiliente do que se imaginava. Isso sugere que os juros não precisam ser reduzidos com tanta urgência, permitindo uma abordagem mais cautelosa em relação às taxas de juros.
No entanto, é importante considerar que um índice de preços ao produtor (CPI) maior que o esperado pode exigir uma redução mais gradual dos juros para evitar um aumento excessivo da inflação. Além disso, um corte mais brusco nas taxas de juros pode ter consequências imprevisíveis no mercado, o que reforça a necessidade de uma abordagem mais prudente em relação às taxas de juros. A cautela é fundamental para evitar choques econômicos.
Avaliação do Diretor do Fed sobre Juros
O diretor do banco central americano (Federal Reserve, o Fed), Christopher Waller, expressou sua opinião sobre a política de juros. Ele afirmou que estará atento aos dados que serão divulgados antes da próxima reunião do Fed, em 6 e 7 de novembro, para avaliar se a inflação, o mercado de trabalho e a atividade econômica confirmam ou enfraquecem sua inclinação de ser mais cauteloso quanto ao corte dos juros.
Waller também comentou sobre o relatório de empregos dos EUA, o payroll, de outubro, que será difícil de analisar devido aos dois furacões recentes e à greve na Boeing. Ele espera que esses fatores reduzam o crescimento do emprego em mais de 100 mil vagas neste mês e possam ter um pequeno efeito na taxa de desemprego.
Redução Gradual dos Juros
No entanto, o cenário base continua sendo o de reduzir os juros gradualmente no decorrer do próximo ano. Porém, como há uma dispersão muito grande no dado de inflação de longo prazo no Sumário de Pesquisas Econômicas (o SEP), será difícil ter certeza sobre a taxa final. A mediana da inflação de longo prazo é de 2,9%, mas com um intervalo de 2,4% a 3,8%.
O dirigente também falou sobre as estimativas do setor privado, que prevêem que o índice de preços ao consumidor (CPI) de setembro ter subido, e o índice de preços de gastos com consumo (PCE, a métrica preferida do Fed) também deve subir. Espera-se que o núcleo do PCE tenham subido cerca de 0,25% em setembro.
Impacto na Inflação
Embora não seja um desenvolvimento bem-vindo, se o número mensal do núcleo ficar nesse nível, nos últimos 5 meses ele ainda estará muito próximo de 2% em uma base anualizada, aponta Waller. ‘Fizemos muito progresso na inflação ao longo do último ano e meio, mas esse progresso tem sido claramente irregular — às vezes parece uma montanha-russa. Se a leitura da inflação deste mês é apenas ruído ou se sinaliza aumentos contínuos, ainda não se sabe. Estarei observando os dados cuidadosamente para ver o quão persistente é esse aumento recente’, explica.
A redução dos juros é um tema importante para a economia, e o Fed está monitorando cuidadosamente os dados para tomar decisões informadas. A taxa de juros é um fator crucial para a atividade econômica, e o Fed está trabalhando para encontrar o equilíbrio certo para promover o crescimento econômico e controlar a inflação.
Fonte: @ Valor Invest Globo
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