Rüdiger Koch está em uma cápsula submersa, vivendo vida aquática, com resolução futurista, até 24 de janeiro, em 12 metros de profundidade.
A cápsula submersa onde vive Rüdiger Koch é idêntica às que são usadas em missões espaciais para proteger os astronautas durante o voo. O objetivo do projeto é provar que o homem pode sobreviver por longos períodos em ambientes extremos, como o fundo do mar, e que as tecnologias usadas em missões espaciais podem ser adaptadas para outros usos.
Rüdiger Koch está há dois meses no local, que foi escolhido por seu profundidade de 11 metros. O objetivo é bater o recorde de permanência humana submersa, estabelecido em 1962 pelo mergulhador Jacques Piccard e pelo oceanógrafo Don Walsh, que passaram 35 minutos e 35 segundos no oceano profundo. A cápsula onde vive Rüdiger Koch é equipada com tecnologias de suporte à vida e sistemas de suprimento de oxigênio para garantir a sobrevivência do ocupante por longos períodos.
Profundamente Inspirado
Em uma jornada de 100 dias, Koch busca estabelecer um novo recorde para a Guinness, enquanto procura tornar viável viver e trabalhar em uma cápsula submersa com conforto. A residência futurista onde ele mora é parte de um projeto ambicioso que visa demonstrar a viabilidade de habitar o oceano de forma segura e sustentável. A experiência, que começou em 26 de setembro e terminará em 24 de janeiro, supera o atual recorde de maior tempo submerso sem despressurização, pertencente a Joseph Dituri, que passou 100 dias em uma cápsula em um lago na Flórida.
A cápsula submersa, localizada perto de Puerto Lindo, em Portobelo, é acessada por um trajeto de barco de 15 minutos. Seu formato circular e janelas com vista de 360 graus permitem uma experiência única de vida aquática. Para alcançar a cápsula, Koch desce por uma escada em espiral que atravessa a estrutura cilíndrica. ‘Não é particularmente difícil, não sinto que estou sofrendo aqui embaixo de forma alguma, embora o mais complicado seja, às vezes, a vontade de mergulhar’, declarou. Das janelas da cápsula, ele aprecia a visão de peixes nadando em um cenário de águas turquesa.
A residência foi projetada para ser sustentável, com paredes externas feitas de um material semelhante ao das conchas, que podem abrigar corais e peixes, promovendo a biodiversidade marinha. No entanto, a experiência não está isenta de dificuldades. Segundo Eial Berja, responsável pela segurança da operação, houve uma tempestade que trouxe ‘ventos, ondas e chuvas que deixaram tudo invisível’.
A resolução de problemas e desafios é fundamental para o sucesso desse projeto. Koch recebe visitas de um médico e de seus dois filhos, além de receber comida do exterior. Sobre a presença da esposa, fez uma piada, ‘A doze metros de profundidade, eu não tenho problemas, mas quando estou em casa, sim’. A experiência de Koch visa inspirar a humanidade a mudar o seu jeito de viver e trabalhar, como se fossem peixes em um oceano de possibilidades.
Fonte: @ Terra
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