Banco inicia cobertura do grupo de saúde com recomendação neutra, destacando medidas recentes, como venda de ativos, desafios de execução e estrutura de capital.
Com a situação financeira em crise, a Dasa enfrenta um risco de insolvência, o que pode afetar a confiança dos investidores e clientes. A empresa busca equilibrar a necessidade de reduzir dívidas com a de manter a capacidade de investimento.
A Dasa enfrenta riscos significativos, incluindo o de execução, que pode afetar a eficácia das medidas de recuperação financeira. Além disso, a empresa enfrenta desafios devido à sua alavancagem, que foi elevada nos anos anteriores. O pacote de medidas anunciado recentemente pelo grupo pode ajudar a reduzir esses riscos, mas ainda é cedo para avaliar seus resultados.
Riscos e Desafios na Dasa: Uma Análise de Investimento
O banco iniciou a cobertura da empresa Dasa, destacando os fundamentos da tese de investimento. Embora o potencial de crescimento seja considerável, o risco de execução e a estrutura de capital atual implicam em um risco relativamente elevado, justificando a recomendação neutra. De acordo com William Bertan, do BB Investimentos, essa abordagem deve ser considerada em meio a operações complexas e descontinuadas.
Um dos principais pontos em destaque é a transação da Dasa com a Amil, anunciada em junho, que visa criar uma joint venture no segmento hospitalar. A transação, que depende da aprovação do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade), envolve uma receita combinada de R$ 9,9 bilhões e prevê a transferência de R$ 3,85 bilhões em dívidas para a nova operação. O acordo é benéfico para a Dasa, pois permitirá a expansão com ativos de qualidade e potencial de elevação das margens operacionais.
A rede hospitalar e oncológica da Dasa é outra área de destaque. A empresa se beneficia de uma cobertura geográfica abrangente, com um leque de marcas que permite o acesso a diferentes classes sociais e consumidores, o que favorece a captura de uma parcela significativa do mercado. Além disso, a medicina diagnóstica é um negócio tradicional do grupo, com uma base sólida e um potencial de crescimento.
A execução dessas iniciativas operacionais e estratégicas, em diferentes estágios de maturidade, pode levar a uma melhora das margens da operação e ao crescimento dos resultados. No entanto, o risco de execução e a atual estrutura de capital implicam em um risco relativamente elevado, o que justifica a recomendação neutra.
O BB Investimentos projeta uma receita líquida de R$ 16,6 bilhões para a empresa no fim de 2025, além de um Ebitda de R$ 2,8 bilhões e de uma margem Ebitda de 17,2% no período. No entanto, a empresa só deve registrar lucro em 2026.
Em relação ao preço-alvo, o banco estabeleceu R$ 3,20 para a ação, o que representa um upside de 30% sobre a cotação do último pregão. Embora esse potencial seja considerável em valores absolutos, o risco de execução e a atual estrutura de capital implicam em um risco relativamente elevado, o que justifica a recomendação neutra.
Fonte: @ NEO FEED
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