‘Os Fantasmas Ainda se Divertem: Beetlejuice Beetlejuice’ traz Michael Keaton e Winona Ryder com brilho e nostalgia em um cinema transformado em produto.
Os Espíritos Ainda Dão Risada: Beetlejuice Beetlejuice Foto: Warner Bros. Pictures/Divulgação Durante os 36 anos que separam ‘Os Espíritos Dão Risada’ de sua sequência, ‘Os Espíritos Ainda se Divertem: Beetlejuice Beetlejuice’ (2024), muita coisa mudou no cinema.
No novo filme de Tim Burton, os fantasmas continuam causando confusão e sendo protagonistas de histórias hilárias. A genialidade do diretor Tim Burton é evidente em cada cena, reforçando o sucesso do filme original e a expectativa pelo retorno de Beetlejuice. Prepare-se para se encantar com esse mundo fantástico!
‘Beetlejuice’ e a Transformação da Indústria Cinematográfica
Muita coisa mudou na indústria do cinema ao longo dos anos, e hoje vemos um cenário dominado por projetos de franquias e pela transformação de tudo em produtos. Essa abordagem tem levado a uma crescente falta de originalidade em muitos blockbusters, mas é animador observar como Tim Burton consegue subverter esse poder destrutivo da nostalgia em sua aguardada continuação que chega aos cinemas.
Em ‘Beetlejuice Beetlejuice’, vemos o retorno de Michael Keaton, Winona Ryder e Catherine O’Hara em seus papéis icônicos do filme original. Eles interpretam, respectivamente, Beetlejuice, Lydia e Delia Deetz, personagens que se tornaram clássicos da Sessão da Tarde. O filme presta homenagem e traz referências marcantes da década de 1980, mas também introduz novos elementos que enriquecem a trama de forma complexa e grandiosa.
Os fantasmas, um dos temas centrais do filme, continuam a se divertir em meio a diversos easter eggs e referências. A produção de ‘Beetlejuice 2’ busca honrar o legado do original, enquanto Tim Burton retorna às raízes após o fracasso de um projeto anterior. A diferença entre a sequência e o filme original é evidenciada pela inclusão de novos elementos que expandem a narrativa de forma interessante.
No entanto, a efervescência criativa pode ter sido excessiva em ‘Beetlejuice 2’, resultando em uma trama com arcos narrativos extensos e muitos personagens e histórias introduzidos sem um desfecho satisfatório. A construção da expectativa pode ser bem-vinda, mas neste caso, alguns elementos parecem dispersos ou subdesenvolvidos, o que afeta o impacto emocional da história.
Personagens como Monica Bellucci e Justin Theroux são subutilizados, enquanto a relação entre Astrid e seu pai carece de profundidade. A atuação de Jenna Ortega como Astrid, embora promissora, pode parecer desconexa em alguns momentos. Sua participação no filme, apesar de destacar-se entre as estrelas em ascensão do terror e do gótico, poderia ter sido mais significativa com uma abordagem diferente.
Em resumo, ‘Beetlejuice Beetlejuice’ representa uma evolução na narrativa e na abordagem do filme original, mas também demonstra os desafios de equilibrar a nostalgia com a inovação. A continuação, embora repleta de elementos fascinantes, poderia se beneficiar de uma maior coesão narrativa e desenvolvimento dos personagens para criar uma experiência ainda mais impactante.
Fonte: @ Terra
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