Otimismo é alimentado por estímulos fiscais na China, expectativa de corte de juros pelo Banco Central Europeu e índice do acionário é influenciado por setores de mineração e luxo, e política fiscal.
Os principais índices acionários europeus encerraram o dia em alta, em sua maioria, com avanço nos setores de mineração e de luxo, após a China sinalizar que novos estímulos fiscais devem ser anunciados no próximo ano, e com a decisão de juros do Banco Central Europeu (BCE) no radar. O que chama a atenção é que os investidores estão ansiosos para saber como esses novos estímulos fiscais serão implementados e como afetarão o crescimento da economia da China e do mundo.
Para os economistas, a decisão de juros do BCE é fundamental para entender como a economia mundial está se desenvolvendo. Com a inflação alta e o crescimento lento, a decisão do BCE de manter os juros baixos é um estímulo para os investidores, pois significa que o dinheiro será mais barato e mais fácil de acessar. Além disso, a China anunciou que novas políticas fiscais e monetárias serão implementadas para estimular o crescimento econômico. Isso pode significar que os investidores estarão mais dispostos a investir em ações, especialmente nas empresas que têm conexões com a China, o que pode impulsionar os índices acionários europeus ainda mais.
Ações em alta: índices europeus variam, mas lideradas por mineradoras
O FTSE da bolsa de Londres registrou um aumento de 0,52%, alcançando 8.352,08 pontos, enquanto o CAC 40 de Paris subiu 0,57% para 7.480,14 pontos. Por outro lado, o DAX de Frankfurt recuou 0,19% para 20.345,96 pontos. No entanto, ações das mineradoras Rio Tinto e Antofagasta destacaram-se com aumentos de 5,23% e 4,91% respectivamente, após líderes chineses prometerem uma política fiscal mais proativa e uma política monetária mais frouxa para o próximo ano. Esses movimentos podem impulsionar o consumo. Além disso, ações da Kering, dona da Gucci, subiram 3,42%. A expectativa de corte de juros pelo Banco Central Europeu (BCE) também influenciou o mercado. Embora alguns membros do BCE tenham sugerido que um corte maior possa ser discutido, o consenso no mercado é forte para um corte de 0,25 ponto percentual, conforme aponta o economista do Commerzbank, Rainer Guntermann. Segundo Guntermann, a porta para novos cortes de juros provavelmente permanecerá aberta, com revisões para baixo tanto para o crescimento quanto para a inflação esperadas para o próximo ano, e com a meta de inflação ao alcance. Isso pode refletir nas ações de setores que dependem do consumo, como o de luxo, que viu suas ações aumentar, como na Kering. O estímulo fiscal e monetário pode beneficiar a economia, mas os índices ainda variam, refletindo a incerteza no mercado. Já os juros, podem ser reduzidos, beneficiando emprestimos, mas também podem afetar a rentabilidade de ações de bancos, como o Banco Central Europeu. É um momento importante para a economia, com a política fiscal e monetária em foco, e as ações das mineradoras liderando o avanço.
Fonte: @ Valor Invest Globo
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