Secretária Ethel Maciel destacou papel do Brasil em frente ampla, incluindo ações entre saúde e meio ambiente, com foco em tecnologia, informação, inteligência artificial, controle social, equidade de gênero e parcerias público-privadas.
A mudança climática é um tema de extrema importância e o Brasil tem um papel fundamental no enfrentamento desses desafios. A secretária de Vigilância em Saúde e Ambiente do Ministério da Saúde, Ethel Maciel, representou o nosso país nesse debate em alto nível.
Com base na mudança climática, a declaração ministerial reforça o compromisso do Brasil em proteger as populações vulneráveis, mitigando o impacto do clima nas condições de saúde. A mudança climática afeta negativamente a saúde das pessoas, especialmente em áreas mais vulneráveis, e é fundamental que o Brasil contribua para a redução das variações climáticas.
Mudanças Climáticas: O Grande Desafio Global
A agenda de segurança ambiental desta terça-feira (29) destacou a dimensão emergente do risco à saúde, com 25% das causas de morte no mundo atribuídas à degradação ambiental, resultando em milhões de óbitos relacionados à poluição. Nesse horizonte de 10 anos, a inteligência artificial, a desinformação e os riscos globais desafiaram a comunidade internacional, mas o impacto da mudança climática se destacou como o maior perigo à saúde.
Nesse contexto, a ministra da Saúde, Nísia Trindade, criou uma Sala Nacional de Emergências Climáticas em Saúde, permitindo ações rápidas e coordenadas frente a esses eventos. Para lidar com essas situações, o Brasil desenvolveu o ‘Plano Clima’, que deve ser finalizado em novembro e será aberto para consulta pública em preparação para a COP 30, a ser realizada no Brasil. A ministra Ethel Maciel enfatizou que o Brasil está comprometido em ouvir a população e garantir o controle social, apontando para um processo inclusivo.
A abordagem do governo brasileiro enfatiza a equidade, focando principalmente nas mulheres e crianças, que são as mais afetadas pelas alterações climáticas. A secretária Ethel alertou sobre as transformações nos padrões epidemiológicos de doenças como dengue e oropouche, agravadas pelas altas variações climáticas que influenciam a propagação dos vetores. O Brasil já vem lidando com epidemias de dengue há quatro décadas, mas o impacto do aquecimento global intensificou a transmissão, ampliando a circulação do oropouche por todas as regiões do país.
O painel também contou com a participação de autoridades globais e executivos do setor privado, que comprometeram-se com a agenda climática. Victor Dizau, presidente da National Academy of Medicine, enfatizou a importância da colaboração entre setores para alcançar as metas climáticas do G20, destacando o papel do Brasil como um exemplo de trabalho conjunto para transformar a economia e enfrentar o impacto do clima na saúde.
A diretora de políticas públicas de vacinas da MSD para a América Latina, Ana Flávia Carvalho, reiterou o impacto desproporcional das mudanças climáticas nas populações mais vulneráveis, destacando a necessidade de parcerias para minimizar os impactos. Marilia Gusmão, chefe de assuntos corporativos no Brasil da AstraZeneca, ressaltou que a companhia investe em parcerias em países estratégicos, incluindo o Brasil, para trabalhar de forma conjunta na busca por soluções para a saúde humana e animal afetada pelas variações climáticas.
A tecnologia, a informação, a inteligência artificial, o controle social, a equidade de gênero, as parcerias público-privadas, são ferramentas-chave para lidar com o impacto das mudanças climáticas na saúde. O Brasil, com sua experiência em lidar com epidemias, está na vanguarda da resposta à crise climática, com a ministra Nísia Trindade liderando os esforços para coordenar ações rápidas e integradas entre saúde e ambiente.
Fonte: @ Ministério da Saúde
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