Brasil recebe certificação da Organização Mundial da Saúde por erradicar a elefantíase, doença parasitária causada por mosquito, após força-tarefa interministerial no programa Brasil Saudável.
O Brasil alcançou um marco importante ao se tornar o vigésimo país do mundo a receber a certificação da Organização Mundial da Saúde (OMS) por eliminar a filariose como problema de saúde pública. Essa doença, também conhecida como elefantíase, é uma doença parasitária causada por mosquitos que afeta milhões de pessoas em todo o mundo.
A filariose é uma doença que pode causar inchaço anormal nos membros, seios e bolsa escrotal, levando a sérias consequências para a saúde e qualidade de vida das pessoas afetadas. A eliminação da filariose como problema de saúde pública é um grande passo para o país, que agora pode se concentrar em outras questões de saúde pública. A luta contra a filariose é um exemplo de como a cooperação internacional e os esforços locais podem levar a resultados positivos.
Conquista Histórica: Brasil Erradica a Filariose
A Organização Mundial da Saúde (OMS) validou a erradicação da filariose no Brasil, uma doença parasitária que afeta milhões de pessoas em todo o mundo. A certificação foi entregue à ministra da Saúde, Nísia Trindade, pelo diretor da Organização Pan-Americana (Opas), Jarbas Barbosa. A elefantíase, como é mais conhecida a filariose, é uma condição que estava no alvo do Ministério da Saúde para ser erradicada por meio do programa Brasil Saudável.
A erradicação da filariose é um marco importante que exige um compromisso inabalável, segundo Tedros Adhanom Ghebreyesus, diretor-geral da OMS. ‘Parabenizo o Brasil por seus esforços para libertar seu povo do flagelo desta doença dolorosa, desfigurante, incapacitante e estigmatizante’, disse ele. A certificação ‘dá esperança a muitas outras nações que ainda lutam contra a filariose linfática de que elas também podem eliminar esta doença’.
Um Processo de 20 Anos
O Brasil iniciou o processo para combater a filariose em 1997, com um trabalho de vigilância, controle do mosquito Culex quiquefasciatus e distribuição em massa de antiparasitários em áreas com ocorrência de casos. O fim da transmissão da doença ocorreu dez anos depois, em 2017. Com a certificação, o Brasil entra para a lista com outros 19 países e territórios que receberam a validação da OMS, incluindo Egito, Iêmen, Malawi, Maldivas, Sri Lanka, Tailândia e Vietnã.
A ministra da Saúde também celebrou a certificação e relembrou os esforços dos profissionais que trabalharam pela erradicação da doença. ‘Essa questão nos emociona para além do orgulho como país. Nos emociona pelo sofrimento que a doença causou a tantas pessoas no mundo e em nosso país em particular’, disse ela. ‘Quero fazer uma homenagem a gerações de sanitaristas que se dedicaram a isso’.
Entendendo a Filariose
A filariose linfática, mais conhecida como elefantíase, é uma doença crônica transmitida por mosquitos infectados pelo verme Wuchereria Bancrofti. Os pacientes apresentam um acúmulo anormal de líquido principalmente nos membros, mas podem ter edemas nos seios e na bolsa escrotal. Segundo o Ministério da Saúde, a condição é ‘considerada uma das maiores causas mundiais de incapacidades permanentes ou de longo prazo’. De forma geral, a infecção ocorre na infância e vai causando danos no sistema linfático até se manifestar.
A erradicação da filariose é um passo importante para o Brasil e para o mundo, e é um exemplo de como a colaboração e o compromisso podem levar a resultados positivos na luta contra as doenças tropicais negligenciadas.
Fonte: @ Veja Abril
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