O banco deve criar um modelo parecido com o de Multimesas e é gerido por uma gestora de assets que cuida de fundos da família em carteiras de investimento com uma estrutura de marketing.
Desde a compra da Clave Capital, o Banco BTG Pactual tem sido o eleito nacional para ser o mais relevante da gestão de ativos no país, com destaque para o mercado de ações. Com a entrada da Clave Capital, o banco agora detém quase um terço do mercado de ações do país.
Com a aquisição da Clave Capital, o Banco BTG Pactual agora está mais presente no mercado de gestão de ativos, tornando-se uma das principais empresas de gestão de patrimônio do país. O banco espera aumentar sua participação no mercado com a gestora sob seu controle.
Ação estratégica para ascensão
Ao adquirir a Clave Capital, o Banco está empenhado em desencadear um processo que permitirá a Rubens Henriques, o fundador e CEO da Clave, assumir o controle da BTG Asset Management na América Latina, uma poderosa entidade financeira que administra R$ 970 bilhões sob gestão, exibindo um crescimento de 20% no terceiro trimestre, em comparação com o mesmo período de 2023. Henriques é um dos principais expoentes do mercado financeiro.
O executivo desempenhou um papel fundamental durante vinte anos no Itaú, onde ocupou o cargo de head de fund of funds e posteriormente se tornou CEO da Itaú Asset, que atualmente gerencia mais de R$ 1 trilhão. Foi ele quem implementou o modelo Multimesas no banco dos Setubal, dos Moreira Salles e dos Villela, visando transferir essas mesmas estratégias para a BTG Asset. O objetivo de Henriques seria replicar o modelo Multimesas no banco, que já arrecadou R$ 100 bilhões. Esse modelo combina vários tipos de gestão de assets independentes sob o guarda-chuva dos fundos da família Global Dinâmico. Os gestores utilizam toda a infraestrutura de marketing e captação do Itaú, se concentrando na administração das carteiras. Fontes do mercado informam que o modelo adotado no BTG será um misto de Multimesas com Kinea, uma vez que o banco tem ativos consideráveis, mas que permanecem ilíquidos.
A equipe de gestores da Clave, como Rodrigo Carvalho, Mariano Andrade, Henrique Benzecry e Carolina Avancini, irá para o BTG. Contudo, à exceção do gestor de renda variável André Caldas, que também trabalhou no Itaú, mas decidiu montar sua própria gestora, uma vez que não se encontrava mais à vontade com a estrutura de um grande banco, e optou por associar-se com o BTG, para que os fundos de renda variável da Clave migrassem para a nova gestora, sujeitos à aprovação dos cotistas. A Clave conta com 25 mil cotistas e atingiu R$ 8 bilhões sob gestão, mas viu os fundos macro sofrerem uma onda de resgate, tendo em vista a onda de resgate que se alastrou pela indústria de fundos multimercado. A BTG Asset era comandada por Allan Hadid, que sinalizou desejo de saída.
Fonte: @ NEO FEED
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