Abre-se safra de terapias regenerativas com células-tronco pluripotentes, aplicadas em medicina, para lidar com câncer, doenças genéticas, e tratar doenças com amostras de maior potência.
Desde a década de 1950, as células têm sido objeto de intensos estudos, destacando-se as células-tronco como a grande promessa para a medicina regenerativa. Com potencial de revolucionar a área da saúde, elas continuam a ser exploradas por científicos em todo o mundo, demonstrando sua capacidade de se transformar em diferentes tipos de células, permitindo a regeneração de tecidos e órgãos danificados.
Um dos mais importantes avanços nos estudos das células-tronco foi a descoberta das células-tronco adultas, que se mostraram capazes de se diferenciar em vários tipos celulares, abrindo caminho para o desenvolvimento de terapias regenerativas mais eficazes. Além disso, a pesquisa em células-tronco continua a avançar, permitindo o desenvolvimento de novas abordagens para o tratamento de diversas doenças, como câncer, doenças neurológicas e doenças cardíacas. Com o apoio de tecnologias como a engenharia genética, os cientistas estão cada vez mais próximos de alcançar um futuro mais promissor para a medicina regenerativa, com células-tronco como pilar fundamental.
Revolução nas Células: Japão Desbloqueia Segredo para a Visão
Pesquisadores japoneses fizeram história ao devolver a visão a três pessoas com danos severos na córnea, estrutura responsável pela clareza da visão. Este marco na luta contra a cegueira foi alcançado graças à reprogramação de células-tronco adultas para um estado semelhante ao embrionário, um processo que permitiu a criação de células pluripotentes induzidas. Essas células são capazes de se transformar em qualquer tipo de célula do corpo, tornando-as fundamentais para a regeneração tecidual e a reparação de danos celulares.
Células-Tronco: A Chave para a Regeneração
O trabalho dos pesquisadores japoneses é fruto da aposta em uma inovação que rendeu o Prêmio Nobel de Medicina em 2012. As células pluripotentes induzidas, criadas pelo japonês Shinya Yamanaka e pelo britânico John Gurdon, são capazes de se transformar em qualquer tipo de célula do corpo, tornando-as fundamentais para a regeneração tecidual e a reparação de danos celulares.
A Regeneração da Córnea: Um Milagre?
O grupo da Universidade de Osaka decidiu tratar duas mulheres e dois homens com idade entre 39 e 72 anos que tinham lesões na córnea e não conseguiam mais enxergar com clareza. A terapia celular foi aplicada com sucesso, e os pacientes apresentaram melhora significativa da acuidade visual. Os olhos que antes apresentavam uma aparência leitosa estavam novamente brilhantes, e as paisagens também voltaram a ser vistas com limpidez.
Desbloqueando o Segredo da Visão
A região da córnea chamada limbo contém células-tronco que podem ser ativadas para reparar danos na córnea. Doenças genéticas, queimaduras com produtos químicos, alergias severas e infecções podem colapsar a região, causando a deficiência dessas unidades. O método nipônico foi modificar células sanguíneas de um doador saudável para a realização do transplante em 2019. Dois anos depois, os especialistas observaram que três dos quatro pacientes apresentaram melhora significativa da acuidade visual.
Amostra Maior de Voluntários: O Próximo Passo
O próximo passo será testar a intervenção em uma amostra maior de voluntários. A terapia celular é prova inconteste do empenho de cientistas de diversos cantos do planeta por soluções capazes de fechar o cerco a diferentes causas de deficiência visual. Uma das invenções, ainda sem data para início de testes em humanos, é o chip óptico da Neuralink, empresa do bilionário Elon Musk. O Blindsight, que recebeu um tipo de selo da agência regulatória americana, a FDA, como ‘dispositivo inovador’, se propõe a emitir os sinais normalmente direcionados da retina, no fundo do olho, para o cérebro, levando à formação das imagens, mesmo em pessoas com problemas sérios no nervo óptico e até mesmo sem o globo ocular.
Fonte: @ Veja Abril
Comentários sobre este artigo