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Juiz se desculpa por discurso potencialmente preconceituoso sobre mulheres em sessão de julgamento.
O Conselho Nacional de Justiça (CNJ) iniciou hoje uma reclamação disciplinar contra o desembargador do Tribunal de Justiça do Paraná (TJPR) Luis Cesar de Paula Espíndola. A reclamação é um passo inicial que precede a possível abertura de processo disciplinar contra desembargadores.
Essa ação do CNJ contra o desembargador Luis Cesar de Paula Espíndola destaca a importância da ética e da conduta exemplar dos magistrados. É fundamental que a sociedade confie na integridade dos desembargadores e demais magistrados para garantir a justiça e a equidade no sistema judiciário.
Desembargador sob investigação por discurso potencialmente preconceituoso
O corregedor nacional de Justiça, ministro Luis Felipe Salomão, decidiu abrir uma investigação disciplinar contra o magistrado em questão. Durante uma sessão de julgamento realizada recentemente, o desembargador fez declarações consideradas potencialmente preconceituosas e misóginas. Em meio a um caso de assédio envolvendo uma menor de 12 anos, ele afirmou que as mulheres estavam agindo de forma descontrolada em busca de homens e criticou o que chamou de ‘discurso feminista desatualizado’.
Reclamação disciplinar em andamento
O corregedor Salomão considerou essencial abrir a reclamação disciplinar para investigar a conduta do desembargador. Ele destacou que casos semelhantes têm se tornado cada vez mais frequentes no Judiciário. Situações que envolvem possíveis revitimizações de mulheres em processos em andamento, indícios de tratamento jocoso em relação a questões de gênero durante julgamentos e desrespeito às normas que visam garantir os direitos das mulheres têm sido observados com preocupação.
Defesa do desembargador
Em resposta às acusações, o desembargador Luis Cesar de Paula Espíndola afirmou que suas declarações não tinham a intenção de menosprezar as mulheres. Ele ressaltou seu compromisso com a igualdade de gênero, tanto em sua vida pessoal quanto em suas decisões judiciais. Espíndola lamentou o ocorrido e se solidarizou com aqueles que se sentiram ofendidos com a divulgação parcial do vídeo da sessão de julgamento.
Fonte: @ Agencia Brasil
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