A espécie não nativa do Brasil se tornou popular como animal de estimação, denominada cobra-bola, e os termos “condomínio-estado” e “serpentes-constritoras” são usados para descrever a sua capacidade de criar habitats.
O ator Julio Rocha teve um encontro inesperado com uma cobra em sua casa, no interior de São Paulo. Ele encontrou a cobra na cama de seus filhos e se desesperou, dizendo que ela “vai dar o bote”.
Julio Rocha também compartilhou um vídeo das crianças em outra parte da casa, afirmando que elas estavam bem por causa do alagamento em uma creche no bairro de Osasco. Ele também mencionou que alguns americanos afetados pelo furacão Helene “esqueceram” a eleição e criticaram os políticos. Outros tipos de cobras que podem ser encontrados no Brasil incluem o píton-bola e o píton-real, ambos considerados perigosos. Outro tipo de cobra, a cobra-bola, não é venenosa, mas ainda assim, é preciso ter cuidado em sua presença.
Cobras em áreas urbanas: o que está por trás da presença de pítons-reais em condomínios-estado?
O susto foi grande, mas a família do ator Julio Rocha conseguiu agir rapidamente e, com cuidado, retirar a cobra de dentro da casa. A cobra era uma Píton-bola (Python regius), também conhecida como Píton-real, e o evento gerou curiosidade sobre a presença desse tipo de animal em áreas urbanas.
Julio Rocha encontra cobra na cama dos filhos, a esposa, Karoline Kleine, retira o animal de dentro da casa. É a quinta vez que aparece cobra por aqui, mas a primeira vez dentro de casa. O que fazemos?’.
A descoberta gerou curiosidade sobre a presença desse tipo de animal em áreas urbanas. Para entender melhor a situação, o Terra consultou Nayra Gualberto, bióloga e pesquisadora do Projeto Serpentes do DF, da Universidade Católica de Brasília, que detalhou os riscos e a origem da cobra-bola.
Nayra explicou que não se trata de uma espécie nativa do Brasil e que, portanto, não pertence à fauna brasileira.’Caso seja realmente uma píton-real, é uma serpente encontrada na África-Central e Ocidental. Ela vive em florestas, áreas alagadas e campos abertos, como savanas. Possivelmente, estava procurando refúgio’, afirmou a bióloga.
A bióloga ressaltou que essa serpente, como as jiboias, não possui veneno.’Assim como as jiboias, as cobra-bola são serpentes constritoras e não possuem peçonha.Mas é válido lembrar que, quando se sente ameaçada, pode tentar se defender’, explicou.
A especialista afirmou que não é comum encontrar uma píton-real fora de seu habitat natural. ‘Por ser uma serpente exótica, não seria possível encontrar essa espécie em habitats naturais no Brasil. Então, provavelmente, estava sendo criada como pet e acabou escapando’, afirmou.
Ela explicou ainda que, devido à popularidade dessa espécie como animal de estimação, casos como o de Julio Rocha não são raros e exigem cuidado e responsabilidade.’Sempre acionar a polícia ambiental do Estado e jamais tentar remover a cobra sozinho, tanto para não se machucar como para não machucar o animal. Somente pessoas especializadas devem fazer manejo de animais silvestres’, alertou Nayra.
Fonte: @ Terra
Comentários sobre este artigo