Códigos de barras criados em 1948 ajudaram a salvar vidas, apareceram em filmes aponte-dispare-laser, ajudaram a combater filas e foram utilizados em lasers escaneando código de barras.
Com o avanço tecnológico, os supermercados passaram a contar com sistemas de código-de-barras para agilizar as vendas e otimizar a logística. Nesse contexto, a IBM desempenhou um papel fundamental ao desenvolver scanners capazes de ler essas marcações. A ideia era simples: atribuir a cada produto um código único que pudesse ser lido rapidamente, facilitando a identificação e o processamento de transações.
Paul McEnroe e sua equipe da IBM foram os principais responsáveis por esse innovations tecnológicas. Em 1969, eles lançaram o primeiro scanner de código de barras, que utilizava lasers para ler as marcações em preto e branco nos produtos. Essa inovação revolucionou o setor de supermercados, permitindo a realização de vendas mais rápidas e eficientes. Além disso, o código-de-barras também adquiriu um papel fundamental na identificação de produtos de forma mais precisa, trazendo uma maior segurança e eficiência para a logística de distribuição. Com o advento do código universal de produtos (UPC), os supermercados puderam otimizar ainda mais suas operações, tornando-se mais competitivos no mercado.
Origens do Código de Barras
O apontamento de lasers apontou para uma solução revolucionária nos supermercados, reduzindo drasticamente as filas. George Laurer, um dos principais engenheiros da IBM, era um defensor entusiasta da ideia. Embora os códigos de barras nunca tivessem sido usados comercialmente, eles haviam sido desenvolvidos há décadas. A patente do código de barras foi registrada em 20 de outubro de 1949 por Joe Woodland, que desenhou linhas na areia de uma praia, inspirando a ideia. Os engenheiros da IBM, liderados por Laurer, aprimoraram essa ideia pré-existente e desenvolveram um retângulo de linhas pretas verticais que correspondiam a um número exclusivo para cada item de supermercado.
Desenvolvimento do Código de Barras
A equipe da IBM, composta por Laurer e outros engenheiros, trabalhou em conjunto para dar vida ao código de barras. Eles tinham uma visão do futuro em que os consumidores passariam rapidamente pelo caixa com lasers escaneando cada item que desejavam comprar. No entanto, os advogados da IBM tinham um problema com o futuro. Eles temiam o ‘suicídio a laser’ e a possibilidade de pessoas ferirem intencionalmente seus olhos com os scanners e processarem a IBM. Laurer tentou explicar que o raio laser de meio miliwatt não era perigoso, mas seus apelos não deram em nada.
Testes com Macacos
Laurer recorreu então a macacos-rhesus importados da África para testar a segurança do laser. ‘Acho que foram seis’, ele disse, embora não possa assegurar. Os testes em um laboratório próximo comprovaram que a exposição ao laser não prejudicava os olhos dos animais. Os advogados da IBM cederam, e assim a leitura de códigos de barras se tornou comum nos supermercados dos EUA e, por fim, no mundo todo.
Implementação e Evolução
O Código Universal de Produtos (UPC), como sua versão do código de barras ficou formalmente conhecida, foi adotado formalmente pelo setor de supermercados em 1973. O primeiro produto com o código foi escaneado no supermercado Marsh, em Ohio, em 1974. A partir daí, o sistema conquistou o planeta. Logo apareceram outros tipos de códigos de barras, e o UPC também serviu de alicerce para os chamados ‘códigos de barras 2D’, como os QR Codes, que podem conter informações adicionais além do código de barras.
Fonte: © G1 – Tecnologia
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