Belo e Lusa negociam se tornarem SAF, aderindo a mais de 60 equipes que competem em divisões nacionais com modelo de transição, investidores e projeto de clube.
Com a sanção da Lei da SAF em 2021, as transições das equipes de futebol para Sociedade Anônima do Futebol (SAF) mostram tendências claras, como é o caso do Botafogo-PB e da Portuguesa, que avançam com a mudança para a Sociedade Anônima do Futebol.
Os clubes Botafogo-PB e Portuguesa estão cada vez mais perto de adotar o modelo de Sociedade Anônima do Futebol (SAF), um movimento que está ganhando força em todo o cenário de futebol, e se somarão à lista de clubes que já adotaram esse formato. A adoção desta Sociedade Anônima do Futebol para o futebol se destaca por fornecer maior flexibilidade e oportunidades de crescimento, tornando-se cada vez mais aceita como alternativa viável.
SAF: Uma Nova Era para o Futebol Brasileiro
A implementação da Sociedade Anônima do Futebol (SAF) tem sido um passo importante para o desenvolvimento sustentável do esporte no Brasil. Com a adesão a esse modelo, os clubes de futebol buscam garantir uma base financeira sólida e competitividade esportiva. O Belo, por exemplo, está concluindo o processo de formalização da SAF em assembleia, no qual investidores em atividade no clube detalharão a implementação do modelo, em consonância com a estratégia de projeto de R$ 1 bilhão e meta de retorno à Série A em 2029.
O Modelo SAF: Uma Alternativa Viable
A adoção da SAF tem sido generalizada, com destaque para as regiões de Minas Gerais, Paraná e São Paulo, que concentram o maior número de clubes nessa modalidade. Outras agremiações, como a Bahia e Fortaleza, no Nordeste, e o Botafogo-PB, no Norte, também já contam com essa estrutura. Em 2024, o Brasil terá oito SAFs na Série A, seis na Série B, cinco na Série C e oito na Série D. O Botafogo-PB, por exemplo, já registrou avanços significativos após a adoção da SAF, com investimentos iniciais que projetam R$ 300 milhões ao longo dos próximos 15 anos.
Desafios e Dificuldades na Implementação
No entanto, a implementação da SAF não garante sucesso imediato. O Coritiba, um clube tradicional que aderiu ao modelo, é exemplo das dificuldades enfrentadas, ocupando atualmente posição de meio de tabela na Série B, com chances remotas de acesso. A implementação da SAF requer uma transição cuidadosa e um modelo sólido para garantir a competitividade dos clubes. Isso inclui a participação ativa de investidores e a execução de um projeto que atenda às necessidades do clube, como foi o caso da SAF da Portuguesa, que apresentou um projeto de R$ 1 bilhão.
Clubes que Aderiram ao Modelo SAF
Diversos clubes brasileiros já se tornaram SAFs e participam de divisões nacionais ou competições estaduais de relevância. Além disso, equipes como o Tupi, campeão brasileiro, aprovaram a constituição de SAF e ingressaram na Recuperação Judicial. O Athletic, por exemplo, saiu da última divisão em MG e chega à Série B do Brasileiro em seis anos, demonstrando a eficácia do modelo SAF.
Um Modelo que Sustenta a Competitividade
O modelo SAF não apenas garante sustentabilidade financeira, mas também a competitividade esportiva. Isso é possível através da gestão eficaz, da transição cuidadosa e da execução de um projeto que atenda às necessidades do clube. Investidores sólidos e a implementação de um modelo de gestão eficaz são fundamentais para o sucesso do modelo SAF. Além disso, a SAF da Boavista anunciou o modelo e divulgou um novo escudo que causou polêmica na torcida, demonstrando a importância da comunicação eficaz na implementação do modelo.
Fonte: © GE – Globo Esportes
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