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Veja 4 etapas pós evento hostil; cada uma demanda estratégias e respostas distintas: sentido de pertencimento, quem joga, tensão, medos.
Ao se deparar com uma situação de discriminação ou hostilidade no ambiente de trabalho, é fundamental denunciar o ocorrido. Denunciar é essencial para garantir um ambiente de trabalho saudável e respeitoso para todos os colaboradores.
Além de denunciar, é importante relatar ou comunicar o incidente às autoridades competentes. Expor a situação é o primeiro passo para buscar soluções e prevenir futuros casos semelhantes. Não hesite em denunciar e comunicar qualquer forma de discriminação ou hostilidade no ambiente profissional.
Reflexões sobre denunciar um evento discriminatório hostil
Um incidente com um colega de trabalho ou um chefe tóxico pode expor falhas em seu senso de pertencimento, fazendo com que você se sinta pressionado a renunciar aos seus direitos para ser visto como ‘alguém que joga em equipe’. Por meio de diversos projetos de pesquisa e de uma série de grupos focais, entrevistei e apoiei mais de 400 profissionais que enfrentaram o desafio de se abrir sobre o assunto após um evento discriminatório hostil no trabalho.
Impressiona-me quanta tenacidade e força são necessárias apenas para tomar a decisão de denunciar. Mas o processo e a tensão associada não param por aí. Muitos acreditam erroneamente que, após relatarem uma situação ou incidente, sentirão alívio. No entanto, descobrem que continuam a sentir e a processar os medos do ocorrido, mesmo anos depois. Outros têm dificuldade para seguir em frente por completo, e se questionam por que continuam exaustos e ainda carregam o peso do evento.
Considere Leila*, uma gerente de serviços profissionais. Ela não comunicou um caso de discriminação no local de trabalho, em que o seu supervisor direto fez comentários racistas e sexistas, presumindo que as suas alegações não seriam levadas a sério. Depois, ela passou os 16 meses seguintes procurando um novo emprego, mas sentia culpa por pensar que deveria ter feito a denúncia para beneficiar aqueles que viriam depois dela.
Há ainda o caso de Asha, uma advogada que relatou um incidente de assédio sexual e foi para outra empresa após fechar um pequeno acordo. Três anos depois, ela ainda questiona constantemente as intenções e ações dos seus novos colegas. Ela se pergunta se o que aconteceu em sua antiga empresa está ocorrendo novamente.
Depois, há o caso da Gloria, uma alta funcionária pública que expôs uma queixa de discriminação depois de ter sido preterida para uma promoção baseada no seu gênero e ainda sente o estresse físico e a ansiedade de ter feito a denúncia. Cinco anos mais tarde, as pessoas em seu local de trabalho questionam sua lealdade, apesar de ela ter vencido o caso.
Existem quatro fases distintas no rescaldo de um incidente discriminatório hostil, cada uma exigindo seu próprio conjunto de estratégias e mecanismos de resposta. Aqui, vamos desvendar as duras emoções que acompanham cada fase e mostrar como as pessoas que entrevistamos as superaram. Para os líderes, é crucial reconhecer essas fases, tanto para reduzir o impacto negativo do processo de denúncia quanto para oferecer amplo apoio aos colaboradores que, assumindo um risco pessoal significativo, expressam suas preocupações para melhorar a cultura organizacional.
Primeira fase: decidir se deve denunciar
Se você chegou até aqui, aconteceu algo que fez você questionar sua segurança ou bem-estar no trabalho. Ao decidir se deve denunciar, comece ao fazer a si mesmo estas três perguntas: Como minha
Fonte: @ Info Money
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