Braquicefálicos, idosos e animais de pelagem longa são os mais vulneráveis que sofrem com temperatura corporal alta e focinho curto.
Com o calor assustador que se abateu sobre o Brasil, muitos donos de pets estão preocupados com a saúde de seus cães e gatos. A veterinária Ana Luiza destaca que o calor é um dos principais fatores de risco para esses animais, especialmente durante o verão.
Segundo a especialista, raças com pelagem longa e focinho achatado são mais propensas a sofrer de superaquecimento devido à sua anatomia natural. O calor pode causar alta temperatura corporal em curto tempo, levando a problemas sérios de saúde, como insolação. Além disso, sobrepeso também é um fator de risco, pois dificulta a respiração e a regulação da temperatura corporal. “Muitos donos de pets não sabem que o calor pode ser mortal para seus animais”, destaca Ana Luiza. “É fundamental ser proativo e tomar medidas preventivas para garantir a saúde e o bem-estar de nossos amigos felizes”.
Animais Sem Proteção Ao Sol
A temperatura corporal desses animais já é naturalmente mais alta que a dos seres humanos. Eles não possuem glândulas sudoríparas, dependendo apenas da respiração para regular o calor. Essa característica os torna mais vulneráveis às altas temperaturas do verão. De acordo com o veterinário Rafael Antônio Ramos e Silva, diretor da Clínica Saúde Animal, ‘no período de alta temperatura, nós temos os maiores índices de superaquecimento, então, o calor predomina. E também temos um momento em que geralmente as chuvas são momentâneas, passageiras, mas muitas vezes são chuvas rápidas, fortes e que elevam a umidade do ar’, o que limita a capacidade do animal de se refrescar.
Os animais que mais sofrem com as altas temperaturas e umidade do ar são as raças braquicefálicas, como cães das raças Shih Tzu, Pug e Bulldogs. Devido às condições que eles já apresentam anatomicamente, de ter predisposição a problemas respiratórios, eles acabam sofrendo bastante também. A troca de calor é somente pela respiração, pela boca, e com isso, se eles estão com uma temperatura corporal alta, eles vão sofrer muito, pois não vão conseguir fazer uma troca de calor adequada.
Entre os felinos, os gatos persas são aqueles mais sujeitos aos problemas, não só pelo focinho curto, como também pela pelagem longa, que eleva o calor. Os animais idosos também merecem atenção. ‘Devido a algumas deficiências decorrentes da idade, eles podem predispor a pneumonia ou outras alterações respiratórias por conta também dessa questão’, explica Rafael.
Para garantir o bem-estar dos animais durante o verão, o veterinário orienta os tutores a tomarem algumas medidas simples. Ambiente arejado e fresco: Ofereça locais sombreados e bem ventilados. Hidratação constante: Mantenha água limpa e fresca sempre disponível. Controle de parasitas: Prevenir e tratar infestações de pulgas, carrapatos e outros parasitas é essencial. Vermifugação em dia: Ajuda a manter a saúde geral do animal. Atenção aos sinais de sofrimento térmico: comportamentos como boca aberta, respiração ofegante e fraqueza podem ser sinais de superaquecimento.
Fonte: @ Terra
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