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A queda de temperatura eleva casos de infarto em até 30% e de AVC em 20% em idades vulneráveis. Preocupação extra com a pressão arterial popular.
A chegada do inverno na última quinta-feira (20) traz consigo uma preocupação extra com a saúde. Isso porque, os casos de hipertensão aumentam em até 30% em temperaturas abaixo de 14°C, segundo o Instituto Nacional de Cardiologia. Os casos de Acidente Vascular Cerebral (AVC) também crescem em 20% nesta época do ano.
É importante manter a pressão arterial controlada durante o inverno para evitar complicações relacionadas à hipertensão. Além disso, a prática regular de exercícios físicos pode ajudar a manter a pressão sob controle, mesmo em dias de temperatura alta. Cuidar da alimentação e seguir as orientações médicas são essenciais para prevenir problemas de saúde, especialmente relacionados à hipertensão.
Impacto da Hipertensão nas Baixas Temperaturas
Pacientes com idades entre 75 e 84 anos e aqueles que já possuem doenças relacionadas ao coração são os mais vulneráveis às baixas temperaturas. Treinar à noite pode reduzir o risco de diabetes em pessoas obesas, como revela um estudo recente. Além disso, o suco de beterraba traz benefícios para o coração na pós-menopausa, conforme outra pesquisa. Interrupção dos antidepressivos pode causar sintomas em um a cada três pacientes, de acordo com estudo recente. Mas por que isso acontece? A explicação está em um processo natural do corpo.
A queda na temperatura provoca a contração dos vasos sanguíneos para compensar a perda de calor. Essa contração pode levar a picos de hipertensão, também conhecida como pressão alta, sobrecarregando o coração e aumentando as chances de doenças. Com as baixas temperaturas, ocorre uma vasoconstrição, que pode levar à elevação da pressão arterial e da frequência cardíaca, aumentando o trabalho do músculo cardíaco. Além disso, ocorre aumento dos níveis de cortisol no sangue e alterações da coagulação, favorecendo a formação de coágulos que podem entupir as artérias.
Marcelo Franken, cardiologista do Hospital Israelita Albert Einstein, explica que o aumento de infecções respiratórias, mais comuns no inverno, contribui para a maior incidência de doenças cardíacas nesta época. Outros fatores que também contribuem para o aumento do risco de hipertensão no inverno são a desidratação, alimentação e sedentarismo. A desidratação no frio pode dificultar a circulação e aumentar a pressão arterial, enquanto as comidas típicas do inverno, geralmente mais gordurosas e salgadas, também podem contribuir para quadros de hipertensão.
Grupos mais afetados pela hipertensão no inverno incluem idosos, pessoas com doenças cardíacas pré-existentes e aqueles com fatores de risco como hipertensão, diabetes e tabagismo. Esses grupos devem ter cuidados redobrados nessa época do ano. Diego Gaia, coordenador do setor de cardiologia do Hospital Santa Catarina Paulista, destaca que os idosos e pessoas com muitas comorbidades são a população mais vulnerável devido à menor reserva funcional de seus órgãos.
Dicas para proteger a saúde no inverno incluem manter uma alimentação saudável e equilibrada, praticar atividade física regularmente, evitar exposição excessiva ao frio, monitorar a pressão arterial e seguir as orientações médicas, incluindo medicações e acompanhamento regular para pessoas com doenças cardíacas e outras comorbidades. A hipertensão arterial é um fator de risco importante a ser considerado durante o inverno, exigindo cuidados extras para garantir a saúde cardiovascular.
Fonte: © CNN Brasil
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