O planejamento financeiro é fundamental para conquistar sua casa própria com segurança e eficiência. Isso envolve financiamento imobiliário, uso do Sistema de Amortização Constante para calcular o valor do bem, otimizar uso do Fundo de Garantia por Tempo de Serviço, reduzir o Custo Efetivo Total como Comprador de imóvel.
Para uma pessoa que deseja comprar um imóvel próprio, a jornada começa muitas vezes com a busca por opções de financiamento. Nesse contexto, é crucial entender as condições específicas de cada instituição financeira e as taxas envolvidas. Isso pode ajudar a definir uma estratégia mais eficaz para alcançar o objetivo de adquirir um imóvel, mesmo com um orçamento limitado.
Um dos passos mais importantes é definir o orçamento para o imóvel. Não se trata apenas de considerar o valor da casa, mas também as despesas mensais que ela virá a gerar, como aluguel ou amortização do financiamento, condomínio, impostos e manutenção. Antes de iniciar a busca, é fundamental ter uma ideia clara do quanto você pode pagar por mês e quais são os seus limites. Além disso, uma pesquisa prévia sobre os preços de imóveis em sua região também é fundamental.
Planejamento Prudente para o Imóvel da Vida
É fundamental equilibrar as contas para acertar a fatia de renda bruta destinada às parcelas do financiamento imobiliário, tendo em vista a segurança do investimento. Daniele Akamine, especialista em financiamento imobiliário, destaca que parcelas não devem ultrapassar 30% da renda bruta mensal. Isso se aplica igualmente quando mais de uma pessoa compartilha do sonho de adquirir o imóvel. Esta é uma diretriz fundamental que os bancos adotam para mitigar o risco de inadimplência, conforme pontua a especialista.
Ao considerar o financiamento imobiliário, é essencial ter em mente que o saldo do Fundo de Garantia por Tempo de Serviço (FGTS) pode ser mobilizado tanto para a entrada no imóvel quanto para reduzir as parcelas do financiamento. Portanto, é recomendável consultar o saldo e incluí-lo no planejamento. Akamine aconselha os compradores a ponderarem que, além dos investimentos na entrada e no financiamento, há custos posteriores ao financiamento. Por isso, é crucial reservar uma parte da renda para atender a esses encargos. ‘Recomendamos guardar entre 4% e 4,5% do valor do imóvel para esses gastos’, orienta a especialista.
Pesquisar as Melhores Condições de Financiamento
Ao escolher a instituição financeira para o financiamento, é fundamental comparar as taxas e condições de pagamento oferecidas. Por isso, é essencial ler atentamente o Custo Efetivo Total (CET), que inclui juros, tarifas e outros encargos, em mais de uma instituição. Durante o financiamento, é possível amortizar as parcelas, isto é, reduzir o valor original da dívida. Entre as opções de amortização, destacam-se:
– SAC (Sistema de Amortização Constante): parcelas maiores ao início, mas que vão diminuindo mensalmente;
– Tabela Price: parcelas fixas, e é necessário comprovar uma renda menor.
Os simuladores on-line disponibilizados pelos bancos podem ser úteis para estimar o valor das parcelas e ajudar na escolha da melhor opção. Vale ressaltar que na maioria das vezes não é necessário ser correntista do banco escolhido para simular o financiamento.
Uma vez escolhido o banco, é hora de fazer a simulação e enviar os documentos para análise. Nessa etapa, é avaliada sua capacidade de pagamento, seu histórico de crédito e as condições do imóvel desejado. Entre os documentos necessários estão RG, CPF, comprovante de residência, comprovantes de renda e o extrato do FGTS, caso seja utilizado.
Fonte: @ Valor Invest Globo
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