Pais devem discutir afetivo-sexuais com filhos, evitando broncas, e fornecer informação necessárias sobre conteúdo adequados à idade da maioria, considerando interesses e tecnologia.
Com o avanço da tecnologia, as relações entre jovens têm mudado devido ao uso de plataformas digitais como o WhatsApp e o Instagram. Muitas vezes, o início de uma relação amorosa pode acontecer por meio de um chat. Nesse contexto, o termo sextting se destaca como uma prática comum entre jovens e adultos, que envolve o envio de mensagens sexualmente explícitas pelo celular.
Essa prática, que envolve enviar e receber mensagens sexualmente explícitas, pode ser uma forma de se expressar e conectar com outros, mas também pode ter consequências negativas, como o assédio ou a exploração. É importante lembrar que o sextting não é apenas uma questão de liberdade de expressão, mas também de respeito e consentimento mútuos.
Sexting e Crianças: O Caso dos Adolescentes que Recebem Mensagens com Conteúdo Sexual no Celular
Conforme um estudo recente publicado na revista científica JAMA Pedriatics, cerca de um terço dos adolescentes entre 12 e 17 anos de idade já recebeu mensagens que contém conteúdo sexual no celular. No entanto, a prática do sexting não é apenas um assunto delicado, mas também traz riscos, como o conteúdo cair nas mãos de pessoas erradas.
A tecnologia, que está cada vez mais presente na vida das crianças, pode ser uma ferramenta valiosa para o desenvolvimento de suas habilidades, mas também pode ser usada para fins sexuais explícitos, se não for utilizada de forma adequada. Além disso, a informação necessária para que os adolescentes tomem decisões informadas sobre o assunto é crucial.
De acordo com a psicóloga clínica Karol Espejo, o papel dos pais é fundamental na prevenção de erros que podem causar problemas sérios para os filhos. ‘O sexting é uma das coisas que, quando feito de forma leviana, pode trazer consequências muito dolorosas’, afirma. A psicóloga destaca que os adolescentes não pensam plenamente nas consequências de seus atos, devido ao lobo frontal ainda não estar completamente formado em crianças e adolescentes.
Por isso, é fundamental que os pais conversem com seus filhos sobre o assunto antes que eles sejam expostos a conteúdo sexual. ‘É nessa época que eles podem realmente nos ouvir’, disse Corrin Cross, porta-voz da Associação Estadunidense de Pediatria.
Uma boa maneira de introduzir o assunto é perguntar o que os filhos sabem ou já ouviram falar sobre o assunto e, em seguida, fornecer informações adequadas à idade. ‘É importante saber primeiro o que seu filho sabe do assunto e depois dar informações apropriadas à idade’, explica Yolanda Reid, da Universidade da Califórnia em Los Angeles.
De acordo com Reid, a conversa deve acontecer assim que os filhos começarem a ter acesso ao celular e incluir o termo sexting na conversa. ‘O sexting é algo que as crianças vão descobrir em algum momento.É por isso que é importante conversar sobre esse assunto com os filhos desde cedo, para que eles tenham as informações necessárias quando precisarem tomar uma decisão’, diz.
A idade da maioria das crianças que estão começando a ter interesses afetivo-sexuais pelos outros é por volta dos 12 anos, e é nessa época que eles podem realmente nos ouvir. Além disso, é fundamental que os pais sejam conscientes de que os adolescentes estão caindo em um mundo que está cada vez mais conectado, e que as mensagens podem ser facilmente compartilhadas e cair nas mãos de pessoas erradas.
A conversa sobre sexting deve ser realizada de forma recorrente e não apenas uma vez. Isso ajudará a garantir que os filhos tenham as informações necessárias para tomar decisões informadas e evitar erros que podem causar problemas sérios.
O Conteúdo sexual pode ser uma ferramenta valiosa para o desenvolvimento de suas habilidades, mas também pode ser usada para fins sexuais explícitos, se não for utilizada de forma adequada. Portanto, é fundamental que os pais conversem com seus filhos sobre o assunto e forneçam informações adequadas à idade para que eles possam tomar decisões informadas.
A tecnologia está cada vez mais presente na vida das crianças, e é fundamental que os pais estejam cientes disso e conversem com seus filhos sobre o assunto. A informação necessária para que os adolescentes tomem decisões informadas sobre o assunto é crucial, e os pais devem ser conscientes disso.
Fonte: © G1 – Tecnologia
Comentários sobre este artigo