Grupo apartidário de 90 pessoas, com lideranças políticas diversas, tem ex-presidente do Corinthians como porta-voz. Movimento pede impeachment do presidente.
Um grupo de 90 conselheiros protocolou no fim da tarde desta segunda-feira, no Estádio do Maracanã, um requerimento pedindo a abertura do processo de impeachment contra o presidente do Flamengo, Carlos Silva. O documento foi endereçado a João Santos, presidente do Conselho Deliberativo do clube.
A solicitação de destituição do presidente foi motivada por supostas irregularidades administrativas e financeiras, que geraram descontentamento entre os torcedores. A pressão popular cresceu nas últimas semanas, culminando no pedido formal de afastamento de Carlos Silva do cargo. A situação no clube está cada vez mais tensa e a decisão sobre o impeachment promete gerar debates acalorados nos próximos dias.
Grupo de Conselheiros do Corinthians Pede Impeachment de Presidente
O grupo que lidera o requerimento de impeachment do presidente do Corinthians é composto por membros de diferentes alas políticas do clube e se autodenomina ‘apartidário’. A fundamentação para a destituição de Augusto Melo se baseia em dispositivos do estatuto do Corinthians, da Lei Geral do Esporte e da Lei 9.613, de 1998.
Entre os conselheiros que endossaram a iniciativa, figuram nomes proeminentes da política corintiana. O ex-presidente Mário Gobbi, que esteve à frente do clube entre 2012 e 2015, se manifestou sobre o movimento: ‘O Reconstrução é uma ação apartidária que reúne conselheiros independentes de diversos grupos, unidos em prol do Corinthians.’
Gobbi, um dos porta-vozes do grupo, ressaltou a urgência de reorganizar o clube diante do atual cenário de desordem e falta de gestão. Ele enfatizou a necessidade de superar divergências em prol do bem maior, que é o Corinthians, tanto em campo quanto fora dele, no Campeonato Brasileiro.
No requerimento de impeachment, as principais acusações contra Augusto Melo envolvem a intermediação do contrato de patrocínio com a VaideBet, que foi rescindido em junho a pedido da casa de apostas. O documento cita declarações de Rubens Gomes, ex-diretor de futebol, e o depoimento de Alex Cassundé, sócio da empresa intermediária.
Cassundé revelou à Polícia Civil detalhes sobre a inclusão de seu nome no contrato para receber R$ 25 milhões até 2026, sem cobrar pela intermediação. O grupo questiona se a simples indicação de uma empresa ligada à campanha eleitoral do presidente configura comissionamento por intermediação.
Além disso, o grupo destaca o depoimento de Armando Mendonça, segundo vice-presidente do clube, que aponta uma possível omissão de Augusto Melo no caso da VaideBet. Mendonça alega ter alertado o presidente sobre as questões envolvendo a intermediação, levantando dúvidas sobre a conduta do mandatário.
Fonte: © GE – Globo Esportes
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