Executivos participaram de evento sobre inovação no Rio de Janeiro. Startups inovadoras de tecnologia aplicada buscavam investimentos em ecossistema sustentável. Oportunidades de emprego surgiram entre pesquisadores e mercado. Conexão entre universitários e empresas foi facilitada. Pacto de inovação foi abraçado.
Em um cenário em que a construção de cidades inovadoras se torna cada vez mais crucial, o painel de discussão sobre oportunidades e desafios se torna fundamental para o desenvolvimento das startups.
Com o apoio das startups, as empresas e companhias podem se beneficiar de uma maior competitividade no mercado, o que proporciona uma maior procura por novos negócios e, consequentemente, uma maior demanda por produtos e serviços inovadores.
Desafios e oportunidades para startups em cidades sustentáveis
No contexto das startups, é fundamental considerar a importância de desenvolver negócios inovadores que promovam o crescimento sustentável das cidades. Com a cidade do Rio de Janeiro como parque anfitriã, o Startup Labs reúne empresas de diferentes estágios, incluindo startups, empresas estabelecidas e companhias de tecnologia, para discutir e abordar desafios relacionados à inovação e sustentabilidade.
De acordo com Alexandre Vermeulen, presidente da Invest.Rio, o desenvolvimento de uma cidade mais inovadora é um processo de longo prazo que demanda a colaboração de diferentes agentes, incluindo empresas, governos e pesquisadores. ‘A cidade deve melhorar a vida da população como um todo, atraindo pessoas, tecnologia e infraestrutura. Estamos assinando acordos com empresas de fora do país para mostrar que o Rio de Janeiro é uma opção’, afirmou.
A retenção de talentos foi um dos temas centrais do painel, com Cristiane Moura, gerente sênior de inovação e sustentabilidade da BIP Consulting, destacando a necessidade de as grandes empresas mudarem a mentalidade e oferecerem ambientes mais flexíveis e criativos para os novos talentos. ‘As pessoas querem trabalhar em um ambiente menos burocrático, onde têm liberdade para falar e cocriar. É preciso colocar essas pessoas no centro’, disse.
A dificuldade na conexão entre pesquisadores e o mercado foi another ponto de discussão, com Francine Tavares, consultora de pesquisa e CEO da Dobra, alertando para a queda de oportunidades de emprego dentro das universidades. ‘A gente forma pessoas muito qualificadas que não terão onde aplicar o conhecimento, encontrando oportunidades fora do Rio de Janeiro e fora do Brasil. Quantas empresas nasceram dentro de universidades, como o iFood, e não sabemos?’, questionou.
O Porto Maravalley, um hub que facilita a conexão entre os universitários e as empresas, foi apresentado por Daniel Barros, CEO do Porto Maravalley, como uma ferramenta para alavancar as coisas boas e trazer oportunidades para as empresas queiram estar no local. ‘Queremos que entendam que existe espaço, caminho e oportunidades. Devemos alavancar mais as coisas boas para que as empresas queiram estar aqui, ter um pacto maior entre todos os representantes da cidade para abraçar a nossa vocação de inovação’, opinou.
Leticia Gabriella, diretora de Projetos Especiais na Central Única das Favelas (Cufa), ressaltou que para que a cidade seja mais inovadora é preciso incluir a periferia, com 16 milhões de pessoas morando em favelas, esses espaços marginalizados movimentam mais de R$ 200 bilhões em recursos próprios. ‘É um desafio histórico da sociedade, temos o papel de trazer a favela como protagonista e não mais coadjuvante. As marcas e empresas já veem o potencial, mas é preciso fazer o investimento’, declarou.
A diretora de projetos destacou que a favela também é inovadora, trazendo como exemplo o mototáxi. ‘Quando movimentamos a base da pirâmide, todo o restante também se fortalece. Precisamos trazer a favela para dentro do ecossistema de inovação’, concluiu.
Fonte: @ PEGN
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