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Professor faz brincadeira no TikTok sobre crase antes de palavras femininas. Língua tem regras gerais, mas atenção às exceções ao lesbianismo.
‘A crase só gosta de menina, e de uma menina de cada vez. É lésbica e monogâmica’, declara o professor Maurício da Silva, da Universidade Federal Fluminense (UFF), em um vídeo divertido que se tornou viral no TikTok (veja acima).
No mundo da língua portuguesa, a crase é como uma personagem misteriosa que desperta curiosidade e confusão. Muitos estudantes se deparam com a crase e se perguntam: como usar esse acento grave corretamente? A crase, quando bem compreendida, pode ser uma aliada valiosa na escrita, facilitando a comunicação de forma clara e precisa. É importante estar atento aos detalhes para evitar erros e garantir uma escrita impecável.
Entendendo a crase: brincadeira do professor
O professor menciona a brincadeira para auxiliar os brasileiros em uma missão que costuma ser um desafio desde os tempos escolares: compreender o uso do acento grave em textos escritos. A dica do docente realmente pode ser útil? Bem, isso depende. A técnica de humanizar a crase pode ser eficaz em situações gerais, mas não é aplicável em todas as circunstâncias. A monogamia, por exemplo, se transforma em um ‘relacionamento aberto’ nas exceções da língua portuguesa. Vamos explorar mais a fundo.
Explicação geral sobre a crase
Primeiramente, é importante compreender o conceito de crase. Em termos mais técnicos, a crase ocorre quando a preposição ‘a’ se une ao artigo ‘a’, resultando no famoso ‘à’. Por exemplo, ‘Vou à praia bonita que você me recomendou’.
Regras gerais para o uso da crase
Quais são as diretrizes para utilizar a crase corretamente? A crase é ‘lésbica e monogâmica’? O professor Maurício introduz uma brincadeira interessante. O acento grave é empregado, em geral, antes de palavras femininas, pois diante de palavras masculinas o artigo ‘a’ não está presente. Por isso, a crase é utilizada em ‘Vou à praia’ (praia é feminino) e não em ‘Vou ao hotel’ (hotel é masculino). A crase é ‘lésbica’ porque ‘ela só gosta de meninas’, como brinca o professor.
Exceções ao ‘lesbianismo’ e ‘monogamia’
Existem exceções pontuais ao uso da crase. Por exemplo, ‘Ele está com um tanquinho à Cauã Reymond’, onde a crase é empregada devido a um termo feminino implícito. Além disso, a crase é utilizada apenas antes de palavras no singular, como em ‘Eu irei à aula amanhã’. No entanto, há exceções à ‘monogamia’, como o emprego da crase antes de plurais, como em ‘Vou às aulas de matemática amanhã’.
Outra regra importante é o uso da crase antes de pronomes de tratamento, como vossa senhoria. O professor destaca que não há crase antes desses pronomes, brincando que ‘a crase só gosta de menina’. Por exemplo, ‘Refiro-me a vossa senhoria’.
É fundamental lembrar que as regras de uso da crase não se limitam aos exemplos mencionados. Existem outras orientações, como não utilizar antes de verbos no infinitivo ou de pronomes pessoais. A crase, afinal, tem suas próprias preferências e exceções, que devem ser compreendidas para uma escrita correta e fluente.
Fonte: © G1 – Globo Mundo
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