Treinadora do Manchester Brasilândia recusou dinheiro de criança de seis anos.
A Escolinha de Futebol, uma iniciativa de uma mãe dedicada, surgiu com o objetivo de fornecer um espaço para que os filhos dela e os amigos pudessem praticar o futebol de forma regular e estruturada. Com o tempo, o projeto se expandiu e começou a atender às necessidades de 40 crianças, mas chegou a receber até cem crianças em um determinado momento.
É preciso destacar que a Escolinha de Futebol é um projeto social que não apenas oferece práticas de futebol, mas também promove uma atividade física saudável e o desenvolvimento esportivo entre as crianças. Além disso, é responsável por selecionar os atletas de São Paulo para participar da Copa do Mundo dos Sem-Teto, mais conhecida como Homeless World Cup, em que o Brasil é o tricampeão. Esse reconhecimento internacional é um marco importante para o projeto.
O Futebol como Fundamento da Vida
Em uma comunidade carente, a falta de recursos é um obstáculo insuperável para os projetos sociais que visam promover o esporte como atividade física e de futebol como linha de frente. Em São Paulo, na zona norte, a Manchester Brasilândia é um exemplo disso. O time, fundado por Patrícia Verdetti, atende a 40 crianças, mas enfrenta dificuldades financeiras para sustentar suas atividades.
Um Garoto com Coração de Ouro
Uma das histórias mais tocantes da vida da Manchester Brasilândia é a de um garoto de seis anos de idade chamado Lorenzo. Ele foi o primeiro a se manifestar quando Patrícia Verdetti precisou suspender as atividades do time por vinte dias. O garoto entregou dois reais para a treinadora, dizendo: ‘Toma aqui dois reais para a senhora não fechar o projeto.’ Esse ato de solidariedade moveu a coração de Patrícia e fez com que ela retomasse os treinos.
A Luta pela Sobrevivência
A Manchester Brasilândia enfrenta um desafio constante para sobreviver. Com despesas como uniformes, bolas, redes, lanches, transporte e inscrições em campeonatos, a escolinha de futebol precisa de ajuda financeira para continuar funcionando. Patrícia Verdetti, fundadora e treinadora, não recebe salário e não busca ganhar dinheiro com seu trabalho, mas precisa de recursos para manter o time funcionando.
Um Sonho de Paz e Serenidade
A ideia de criar a Manchester Brasilândia surgiu após Patrícia presenciar a dissolução de um time de futebol em Taboão da Serra. A mãe de um dos garotos dispensados decidiu criar um projeto social para que seu filho e seus amigos não perdessem o clube. O projeto começou no Centro Esportivo Oswaldo Brandão e, dois anos depois, foi transferido para a Vila Siqueira. Em dez anos, a Manchester Brasilândia já atendeu a 100 crianças, mas teve que diminuir a faixa etária e a quantidade de alunos.
A Luta pela Regularização Burocrática
A dificuldade de se inscrever no Cadastro Nacional de Pessoa Jurídica (CNPJ) demonstra o tamanho do obstáculo que as iniciativas periféricas enfrentam. Após conseguir o CNPJ, Patrícia imaginava que a vida seria mais fácil, mas a realidade é bem diferente. A regularização burocrática não resolveu o principal problema: garantir a continuidade do Manchester Brasilândia.
Fonte: @ Terra
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