Dívidas com juros mais altos totalizam R$ 402,03 bilhões, com valor médio de R$ 1.457,48.
O acesso a linhas de crédito tem se tornado cada vez mais fácil, especialmente através de serviços bancários digitais. Isso se deve principalmente à comodidade alcançada com o uso de dispositivos celulares e à busca por tarifas mais competitivas. A pesquisa da plataforma Pagou Fácil, da Paschoalotto, demonstra que os bancos digitais apresentam vantagem significativa na oferta de crédito para aqueles que estão mais endividados.
Para aqueles que estão em uma situação de endividamento financeiro, a oferta de crédito pode parecer uma solução temporária para resolver problemas financeiros imediatos. No entanto, é importante considerar o excesso de dívida e o risco de falência, que podem ocorrer quando a dívida alta não é gerenciada de forma eficaz. Além disso, a insolvência é uma consequência possível quando a dívida não é paga, levando a consequências legais e financeiras graves. É fundamental abordar esses problemas com cautela e planejamento, avaliando as opções de crédito com cuidado e considerando o risco de falência antes de tomar decisões impulsivas.
Endividamento financeiro no Brasil: um problema persistente
O Brasil enfrenta um problema de endividamento financeiro que afeta uma parcela significativa da população. De acordo com dados recentes, cerca de 73,1 milhões de pessoas estavam inadimplentes em outubro, com 21% desse grupo (ou cerca de 15 milhões de pessoas) recorrendo a pedidos de crédito. Dentro desse grupo, 37% dos pedidos foram feitos nos bancos digitais, enquanto 36% foram feitos nos bancos tradicionais, com 77% desses pedidos obtendo sucesso.
O dinheiro extra, no entanto, não é sempre suficiente para se livrar do problema do endividamento. Quando não há um planejamento adequado que inclui rever o orçamento, pagar as dívidas com juros mais altos e evitar gastos desnecessários, as chances de continuar inadimplentes são grandes. Nesse caso, é necessário renegociar o crédito. E é aqui que a digitalização dos serviços se destaca, proporcionando um contato mais ágil e eficiente com os consumidores.
Segundo o monitoramento da Paschoalotto, 31% dos pagamentos foram negociados por canais digitais em 2024, comparados a 20,5% em 2023. ‘A digitalização não é apenas uma tendência, é o novo padrão do mercado. Ela possibilita um contato mais ágil e eficiente com os consumidores, trazendo resultados positivos para todos os envolvidos’, ressalta Diego Martins Mosquim, Diretor de Planejamento e Qualidade da Paschoalotto.
As faixas etárias mais representativas entre os que estão endividados incluem consumidores jovens e de meia-idade, refletindo padrões de consumo e dificuldades econômicas específicas. O valor médio das dívidas é de R$ 1.457,48, totalizando R$ 402,03 bilhões, representando um aumento de 1,84% em relação a setembro de 2024. As principais categorias de dívida incluem bancos e cartões de crédito, contas básicas (água, luz, gás) e serviços diversos.
Os principais fatores para a inadimplência apontados incluem o endividamento elevado (33,2%), o atraso no pagamento de salários (24,88%) e o desemprego (15,48%). Em relação ao cenário de endividamento no Brasil em 2025, os bancos preveem um crescimento de 9% no crédito, abaixo da previsão anterior de 9,3%, refletindo as condições econômicas mais restritivas e a alta dos juros. O risco de falência é um problema real para muitas pessoas, e é fundamental encontrar soluções para evitar o excesso de dívida.
Fonte: @ Valor Invest Globo
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